Brasília
* Por Ivaldo Roland
Jovem,
muito jovem,
nos
idos da vida, no início,
vim
como sem sacrifício,
aos
jovens tal lhes convém.
Da
Esplanada, o choque inicial.
A
estrutura destas vias circulando
horizonte
livre entorno guardando,
ordenada
arquitetura espacial.
Surge
no planalto destes confins,
onde
cobre o cerrado as colinas,
irrigadas
por águas cristalinas.
uma
cidade! Quem pensaria assim?
Fluídas
inigualáveis visuais,
verdes
tons que à vista contentam,
azuis
de alvoradas que encantam,
crepúsculos
assim jamais.
Aqui
a vista se perde e flui
num
horizonte infinito.
Eleva
a mente ao mais distante fito,
a
paz ao coração retribui.
Brasília
é luz! Brasília é ar puro!
céu
de estrelas em noites de lua cheia,
há
quem duvide, mas há uma sereia,
doce
canta às margens do lago escuro.
Céu
puríssimo azul claro ou anil,
de
paisagens bucólicas,
de
tardes lindas, púrpuras, frias,
onde
Dom Bosco previu.
Mas
este céu assiste e sangra inteiro,
por
homens que do país o destino,
foi
confiado e está ao desatino,
salvo
Ulysses, um guerreiro.
* Poeta e arquiteto cearense
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