Céu
de Sevilha, não senhor
*
Por Antônio Siúves
Céu
de Sevilha, não senhor,
Em azul, volume, fulgor.
O céu aqui é prófugo;
Em azul, volume, fulgor.
O céu aqui é prófugo;
Há
muito não pode
Com a imaginação sem
Queda para tais odes:
Com a imaginação sem
Queda para tais odes:
— Olvidado
pelo destemor
Do olhar no chão celeste
Do plasma do computador;
Do olhar no chão celeste
Do plasma do computador;
— Trilha
trivial da aviação,
Um inútil à nova era,
Mera ilusão da atmosfera;
Um inútil à nova era,
Mera ilusão da atmosfera;
— Nem
espelho de mar e rio
Ou remordida de sol e raio
Contra a cor do minério;
Ou remordida de sol e raio
Contra a cor do minério;
— Abóboda
macerada,
Bolorenta ideia selenita,
Relicário de escaparate!
Bolorenta ideia selenita,
Relicário de escaparate!
*Jornalista e poeta. Atuou em O Tempo, de Belo Horizonte, como repórter, subeditor e editor de cultura, colunista e secretário de redação. Mantém o blog A Titica Cotidiana, sobre literatura e jornalismo. É autor de "Memorial do Boi Morto - Cantos de Primavera".
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