Pressentimento
*
Por Núbia Araújo Nonato do Amaral
Deixarei
minhas sandálias
surradas na soleira da porta.
Recolherei toda a roupa do varal.
Regarei as plantas e não mais
desmancharei as teias da aranha.
Abraçarei o pequeno pé de
acerola rezando para que ele
continue dando muitos frutos.
Ouvirei o canto do sabiá como
se fosse a primeira vez.
Deixarei o bem-te- vi contar
pra todo mundo que me viu!
Irei reler aquele poema de Pessoa,
é...aquele que sempre me faz chorar.
Guardarei odores e sabores,
sufocarei gemidos...
Não facilitarei a tua vida, pois do amor que
sinto, apenas o pressentes.
surradas na soleira da porta.
Recolherei toda a roupa do varal.
Regarei as plantas e não mais
desmancharei as teias da aranha.
Abraçarei o pequeno pé de
acerola rezando para que ele
continue dando muitos frutos.
Ouvirei o canto do sabiá como
se fosse a primeira vez.
Deixarei o bem-te- vi contar
pra todo mundo que me viu!
Irei reler aquele poema de Pessoa,
é...aquele que sempre me faz chorar.
Guardarei odores e sabores,
sufocarei gemidos...
Não facilitarei a tua vida, pois do amor que
sinto, apenas o pressentes.
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Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário.
Cheia de mistérios.
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