segunda-feira, 23 de julho de 2018

Canto do amor maior - Arita Damasceno Pettená


Canto do amor maior

* Por Arita Damasceno Pettená

Quando de ti
nada mais restar:
nem uma lágrima,
nem um sorriso...
Quando de ti
já nao houver lembranças
nem um passado
de recordações...
Quando de ti
a vida se esquecer
e a terra for teu único abrigo...
Quando de ti
tudo for saudade,
até teu próprio nome,
até teu próprio ser...
Então há de restar ainda,
flutuando no infinito,
o meu amor sofrido.
E no espaço vazio,
cheio de sombras e mistérios,
tu hás de meditar, arrependido,
que se houve alguém
que te amou
e que fez de ti
um sonho, uma quimera,
e a própria razão de um viver...
Esse alguém, amor,
esse alguém fui eu…


* Arita Damasceno Pettená é professora, escritora e membro da Academia Campinense de Letras, além de membro honorária e fundadora do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Campinas (IHGGC).


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