Aviso
*
Por Alcides Villaça
Para
João Luiz Lafetá
O
sonho tinha um bar: conversávamos.
Cerveja para quatro: conversemos.
Seria infinita a conversa mas
teu amigo tem que viajar
e tu calculas no relógio
que é tempo de embarcá-lo.
Cerveja para quatro: conversemos.
Seria infinita a conversa mas
teu amigo tem que viajar
e tu calculas no relógio
que é tempo de embarcá-lo.
Nossa
amiga e eu esperaremos.
O estoque deste bar é confortável,
mil garrafas douradas no porão.
Vais contrafeito pois apenas
a meio vai teu copo de espuma,
mas tu calculas no relógio.
O estoque deste bar é confortável,
mil garrafas douradas no porão.
Vais contrafeito pois apenas
a meio vai teu copo de espuma,
mas tu calculas no relógio.
Antes
da porta te viras:
nossa amiga e eu sentimos
a declaração solene
que os olhos, mais que a boca,
sabem sentenciar:
nossa amiga e eu sentimos
a declaração solene
que os olhos, mais que a boca,
sabem sentenciar:
-
Ninguém mexa no meu copo!
E
ficamos a rir
das cautelas mineiras,
eu e nossa amiga,
aguardando tua volta.
das cautelas mineiras,
eu e nossa amiga,
aguardando tua volta.
*
Poeta e professor de Literatura.
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