quinta-feira, 9 de dezembro de 2010


Vinho-saudade

• Por Lêda Selma

Gosto de vê-la sempre à deriva...
Vergão, cilada, estrepe, corredeira...

Gosto de seus trajes de ciprestes
e de suas mãos de vento e açucenas.

Se tumba, guarda sonhos putrefeitos;
se acervo, esconde espólio de amores.
Saudade é vinho não envelhecido,
mas entornado em noites de abrolhos.

* Poetisa e cronista, licenciada em Letras Vernáculas, imortal da Academia Goiana de Letras, baiana de Urandi, autora de “Das sendas travessia”, “Erro Médico”, “A dor da gente”, “Pois é filho”, “Fuligens do sonho”, “Migrações das Horas”, “Nem te conto”, “À deriva” e “Hum sei não!”, entre outros.

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