Carta para Adélia Prado
* Por Fabiana Bórgia
Adélia, que saudade! Hoje lembrei de você! Estive na Livraria da Travessa e um livro seu apareceu em minha frente, como se um milagre me fosse revelado! A vida não anda fácil. Meu coração parou. Tenho permanecido em estado de planta, resgatando lembranças que não dão mais frutos.
Ah, Adélia, Deus não só tem olho grande, como tem um ouvido imenso. Além disso, Ele também me obriga a fazer coisas que eu não gosto. Ultimamente, recomendou que eu tenho que amadurecer. A verdade é que Ele me ouve, mas não me escuta. Sempre diz: "Isso passa." Como se não fosse nada as coisas que eu enfrento! Quando penso num problema, Ele coloca um mendigo em minha frente pedindo comida, ou uma mulher pobre com um filho pequeno no sinal. Ele não me permite reclamar, reivindicar coisa alguma!
Algumas coisas Ele me diz sempre: "Você precisa lembrar todos os dias o quanto deve se amar." Pede, pelo amor Dele mesmo, que eu acredite em mim! E que eu aprenda a tolerar o que eu detesto fazer e que eu faça bem feito!
Adélia, você não tem ideia de quantas coisas Deus me pede! Diz que eu tenho que carregar a minha cruz com orgulho! E de cabeça erguida! Diz que eu devo olhar para a frente! Diz que eu estou no caminho errado, mas jamais me aponta o caminho certo! Diz que eu tenho que ser menos pavio curto! Diz que não sou mais criança para sentir dor de cotovelo!Acredita que estes dias eu senti dor de cotovelo? Dor de perda por um antigo amor? Pode?
Adélia, eu queria ter sido mais simples. Quando você fala com amor que faz o peixe tarde da noite ao lado do seu marido, e que este momento aproxima vocês dois, eu penso como eu sou criança! Penso que não sou sábia o suficiente para casar!
Eu, que não te conheço de perto, posso escutar você me dando conselhos: "Seja mulher! Seja autêntica! Seja desdobrável como eu sou!"
• Escritora por vocação e advogada por formação. Paulista por natureza e carioca por estado de espírito. Engenheira de sonhos: alguém em eterna construção. Autora do livro “Traços de Personalidade”
Adélia, que saudade! Hoje lembrei de você! Estive na Livraria da Travessa e um livro seu apareceu em minha frente, como se um milagre me fosse revelado! A vida não anda fácil. Meu coração parou. Tenho permanecido em estado de planta, resgatando lembranças que não dão mais frutos.
Ah, Adélia, Deus não só tem olho grande, como tem um ouvido imenso. Além disso, Ele também me obriga a fazer coisas que eu não gosto. Ultimamente, recomendou que eu tenho que amadurecer. A verdade é que Ele me ouve, mas não me escuta. Sempre diz: "Isso passa." Como se não fosse nada as coisas que eu enfrento! Quando penso num problema, Ele coloca um mendigo em minha frente pedindo comida, ou uma mulher pobre com um filho pequeno no sinal. Ele não me permite reclamar, reivindicar coisa alguma!
Algumas coisas Ele me diz sempre: "Você precisa lembrar todos os dias o quanto deve se amar." Pede, pelo amor Dele mesmo, que eu acredite em mim! E que eu aprenda a tolerar o que eu detesto fazer e que eu faça bem feito!
Adélia, você não tem ideia de quantas coisas Deus me pede! Diz que eu tenho que carregar a minha cruz com orgulho! E de cabeça erguida! Diz que eu devo olhar para a frente! Diz que eu estou no caminho errado, mas jamais me aponta o caminho certo! Diz que eu tenho que ser menos pavio curto! Diz que não sou mais criança para sentir dor de cotovelo!Acredita que estes dias eu senti dor de cotovelo? Dor de perda por um antigo amor? Pode?
Adélia, eu queria ter sido mais simples. Quando você fala com amor que faz o peixe tarde da noite ao lado do seu marido, e que este momento aproxima vocês dois, eu penso como eu sou criança! Penso que não sou sábia o suficiente para casar!
Eu, que não te conheço de perto, posso escutar você me dando conselhos: "Seja mulher! Seja autêntica! Seja desdobrável como eu sou!"
• Escritora por vocação e advogada por formação. Paulista por natureza e carioca por estado de espírito. Engenheira de sonhos: alguém em eterna construção. Autora do livro “Traços de Personalidade”
Adélia é como um candeeiro
ResponderExcluirna escuridão...ouça, ela sabe...
Belo texto Fabiana.
Feliz Natal.
Pedro, ter meu texto publicado por você é uma honra imensa! Muito obrigada pelo carinho!!!
ResponderExcluirNubia, um Feliz Natal a você também.
Beijos.