Troca
*
Por Eduardo Oliveira Freire
A
cada livro que lia, Luís sentia-se satisfeito. O amigo de infância
Paulo manteve todas as histórias que escrevia por horas na garagem
da sua casa.
Quando Paulo desapareceu com o caderno, sabia das pretensões dele.
Anos depois, quando as séries de livros foram produzidas, sentiu-se parte da criação.
Tudo que compartilhara com o amigo, estava ali. Menos o segredo de que eram cúmplices, quando ajudaram a avó de Luís a morrer.
Ela
não suportava mais viver com dor e a estar presa numa cama. Paulo
pegou os manuscritos como forma de pagamento pelo seu silêncio.
*
Formado
em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense.
Pós-Graduação em Jornalismo Cultural na Estácio de Sá e é
aspirante
a escritor.
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