Descanso
Por
Núbia Araujo Nonato do Amaral
Estou
pensando em dar
Descanso
à poesia.
Garimpar-lhe
uma aposentadoria
por
conta de maus tratos,
por
conta de uma tal dificuldade para respirar,
por
conta de sua própria extinção.
Poeta
é bicho esquisito,
faz
tudo diferente,
sabe
nem fingir
que
é normal.
Dou
tratos á pequena joaninha
Que,
desatualizada,
não
sabe mais namorar a flor.
Só
dá confiança ao poeta
por
ver nele quem sabe,
aquela
pinguela que não
leva
a lugar algum...
*
Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário
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