Bicho
Papão
*
Por Núbia Araújo Nonato do Amaral
Um
dia tive medo da morte,
medo
da solidão.
Um
dia tive medo do escuro,
medo
do bicho-papão.
Um
dia me vi diante da morte,
frente
a frente com a solidão,
diante
do breu que me envolvia
e
do temido bicho-papão.
Na
sede de me proteger, negligenciei
o
carinho, o aperto de mão.
Negligenciei
a doçura de um abraço
bem
apertado, daqueles de coração.
Os
medos ainda me incomodam
mas
sigo, de peito aberto, de olhos
atentos
e um ombro sempre desocupado...
*
Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário.
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