A
grande Solydão*
**
Por Jomard Muniz de Britto
Não
a decantada pelo mago Rilke
de amores e anjos terríveis.
Nem o sol da mais sólida soledade
nas tropicais miscigenações.
No solar de mangueiras, licores de pitanga.
Tantas comendas, quantas ingratidões?
Desabafo na cidade sitiada
em trópico de pernambucâncer:
Meus filhos, volúpia genética,
sem os lances de minha genialidade.
- Discípulos? – talvez por ventura intelectuários.
- Dissidentes – desaforadamente sectários.
(Salve-se a vaidade de um ex-Príncipe da
Sociologia.)
- Madá,ô Madá, ô Magdalena Magdeleine!
Larga este tricô e vem me abrasar...
de amores e anjos terríveis.
Nem o sol da mais sólida soledade
nas tropicais miscigenações.
No solar de mangueiras, licores de pitanga.
Tantas comendas, quantas ingratidões?
Desabafo na cidade sitiada
em trópico de pernambucâncer:
Meus filhos, volúpia genética,
sem os lances de minha genialidade.
- Discípulos? – talvez por ventura intelectuários.
- Dissidentes – desaforadamente sectários.
(Salve-se a vaidade de um ex-Príncipe da
Sociologia.)
- Madá,ô Madá, ô Magdalena Magdeleine!
Larga este tricô e vem me abrasar...
Coço
as virilhas da poesia em pânico:
- Vem, ó menino da rua, menino senzalado,
desejado.
Fui eu quem inventou a morenidade
de teus suores e músculos e apetites.
Durmo sonhando com a eternidade de meu Y.
- Vem, ó menino da rua, menino senzalado,
desejado.
Fui eu quem inventou a morenidade
de teus suores e músculos e apetites.
Durmo sonhando com a eternidade de meu Y.
*Ao
centenário de Gilberto Freyre
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Poeta,
cineasta,
professor
e escritor pernambucano.
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