Supérfluo
*
Por Dairan Lima
Fazer
poesia
é
como colocar o lixo
pra
fora:
religiosamente,
todos
os dias!
Mas
penso
que,
como lixo,
nada
presta.
Já
quiseram me lançar,
publicar,
sei lá…
(Isso
numa época em que eu era aí
musa
de não sei qual artista.)
Insisto
sempre:
acho
que não tem serventia
para
nada…
é
lixo.
Certa
vez,
um
enamorado,
que
se dizia apaixonado,
levou
meu caderno de poemas consigo
e
nunca mais apareceu.
Em
outra,
esqueci
os esboços
em
um bar.
Anos
após,
uma
amiga
me
presenteou
com
esse mesmo exemplar.
Sorte
ou azar?
Sei
de um também apócrifo
que
está com Áurea,
que
herdou de um amigo
que
já partiu
para
outra galáxia.
Os
poemas, como me disse Cássia,
afinal,
nunca deram camisa!
* Poetisa tocantinense
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