Libertação
*
Por Eduardo Oliveira Freire
Sempre
fiquei a pensar como será meu velório. Se alguém irá ou não terá
ninguém, aí, quem não me conhece comentará que fui uma pessoa
horrível e que ninguém foi ao meu velório por causa disso.
Sei lá, porque pensei esta bobagem? Com certeza, não estarei no meu velório.
Estarei bem longe e viajarei para outras realidades. Irei me metamorfosear em outros seres.
A morte é transformação e o outro lado da moeda da vida.
Nesta jornada, continuarei a minha busca de me conhecer. Perdendo-me e me achando por aí.
Por que ainda irei me preocupar com meu velório e se terá muita gente? Curioso como em vida precisa-se do olhar do outro para viver. Há a ilusão de prestígio, fama ou sucesso que tornará o indivíduo especial e, na verdade, torna-o mais um na multidão.
A morte não é tão feia como se pinta. Lógico que se jogar para o desconhecido dá medo. Entretanto, é uma travessia necessária. É uma viagem solitária e de autoconhecimento.
***
Ser
homem não é só guerrear, matar, violentar e se tornar de aço. Há
outras possibilidades como amar, dar prazer, curtir as emoções e
não ter vergonha das fraquezas.
Um homem mais humano transforma o mundo, pois a violência diminuirá, menos crianças serão abandonadas e mães solteiras serão sobrecarregadas.
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Eduardo Oliveira Freire é formado em Ciências Sociais pela
Universidade Federal Fluminense, com Pós Graduação em Jornalismo
Cultural na Estácio de Sá e é aspirante a escritor
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