terça-feira, 10 de julho de 2018

Libertação - Eduardo Oliveira Freire


Libertação


* Por Eduardo Oliveira Freire


Sempre fiquei a pensar como será meu velório. Se alguém irá ou não terá ninguém, aí, quem não me conhece comentará que fui uma pessoa horrível e que ninguém foi ao meu velório por causa disso.

Sei lá, porque pensei esta bobagem? Com certeza, não estarei no meu velório.

Estarei bem longe e viajarei para outras realidades. Irei me metamorfosear em outros seres.

A morte é transformação e o outro lado da moeda da vida.
Nesta jornada, continuarei a minha busca de me conhecer. Perdendo-me e me achando por aí.

Por que ainda irei me preocupar com meu velório e se terá muita gente? Curioso como em vida precisa-se do olhar do outro para viver. Há a ilusão de prestígio, fama ou sucesso que tornará o indivíduo especial e, na verdade, torna-o mais um na multidão.

A morte não é tão feia como se pinta. Lógico que se jogar para o desconhecido dá medo. Entretanto, é uma travessia necessária. É uma viagem solitária e de autoconhecimento.

***



Ser homem não é só guerrear, matar, violentar e se tornar de aço. Há outras possibilidades como amar, dar prazer, curtir as emoções e não ter vergonha das fraquezas.

Um homem mais humano transforma o mundo, pois a violência diminuirá, menos crianças serão abandonadas e mães solteiras
serão sobrecarregadas.


* Eduardo Oliveira Freire é formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense, com Pós Graduação em Jornalismo Cultural na Estácio de Sá e é aspirante a escritor



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