sexta-feira, 13 de julho de 2018

"Te confesso... - Me delato!" - Elizabeth Misciasci


"Te confesso... -Me delato"!


* Por Elizabeth Misciasci

Aqui posso ser o abstrato.
Teu avesso ou teu retrato;
Pedaços...
De sentimentos estilhaçados.
Fragmentos de vidas,
entre sonhos mutilados.
Aqui posso ter as mãos libertas,
tentando explanar descobertas
tendo ou não os pés acorrentados,
que me expõe sob os sorrisos,
que sobrepõe...
Meus lamentos silenciados.
Aqui posso querer entender
o que se diferencia só em ver,
nas mensagens e versos
que "fazem valer,"
Na efusão que ampara
e me faz renascer.
Aqui posso estar muito além,
sentindo o ardor
de um toque aquém...
Não visualizando uma tela fria,
mas me encantando com tanta magia.
Aqui posso viver dia á dia,
Devanear em meio a fantasia
sob os acordes de um artista bailar!
Viajar numa pintura,
me deslumbrar com uma escultura!
Aqui posso levitar se o poeta declama...
Emocionar-me com um peito em chama,
arriscar rabiscar ou ousar um poema
e mesmo sem maestria...
Tentar compor em poesia.
Aqui posso descobrir a ternura,
feliz,
me deleitar com tamanha doçura.
Mesmo do anônimo amigo que sem imaginar
torna-me vertente,
ao ler suas pérolas
me fazendo chorar.
Aqui posso, ter,
querer estar,
viver, levitar...
Sendo só amor a transbordar,
e
Do abstrato,
ser teu avesso ou teu retrato.
No entanto, Te confesso... Me delato!
Coração que eu reparto
Curvando-me
te enalteço e te contemplo
És gigante
deste tempo e desta era,
que em cada gesto ou cada ato
sem perceber "escancara"
Pois és referencial, Preciosa Jóia Rara,
És exemplo.
Ser humano
que não se compara.


* Jornalista e poetisa.

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