Nasce
um livro
*
Por Euclides Farias
Escrevo
crônicas. As primeiras foram publicadas sem regularidade alguma nos
anos 1980 e 1990 no jornal O Liberal, onde trabalhei. Depois, em
2000, num duplo prêmio, ganhei espaços preciosos para escrever
regionalmente no pioneiro site AmapáBusca, do Chico Terra,
e com alcance nacional sendo colunista fixo da seção Literário, do
site paulista Comunique-se, devotado a jornalistas.
De
lá para cá, venho me divertindo com as histórias que crio ou
relato. Escrever é divertir-se.
Essa brincadeira produziu um punhado de crônicas. Decidi há algum
tempo lançar um livro. Meu amigo de longa jornada JBosco Azevedo,
mestre na arte de deixar o mundo melhor com seu talento incomum à
charge e ao riso, topou ilustrar o livro. Como um piloto que faz bem
mil coisas em pleno voo durante uma emergência, o ocupadíssimo
JBosco foi ilustrando boa parte dos textos mal saíam do computador.
Há crônicas recentíssimas e outras escritas há mais tempo.
Resulta
daí uma reunião de crônicas já ilustradas para submeter ao crivo
de um editor. Minha mulher, Daniele Almeida, compilou nos últimos
dias os originais das histórias que pré-escolhi para levar ao
honroso exame do poeta, professor, pesquisador e ensaísta Paulo
Nunes, da cadeira de Literatura Brasileira da Universidade da
Amazônia. Para minha imensa alegria e gratidão, Paulo lançou o seu
olhar de mecenas sobre minhas crônicas e viu ali algo de valor
literário. Ele será também - Ô sorte! - prefaciador do livro.
É
o meu primeiro livro. Ele chega outonal talvez, no limiar dos 60
anos, que completo em novembro. Mas a sensação da publicação
tardiamente se dissipa quando lembro do que me disse um amigo: “Quem
viveu mais viu mais, amou mais, se emocionou mais e tem mais
histórias para contar”.
*
Jornalista da Amazônia. Trabalha em O
Liberal. Trabalhou em A Província do Pará, Agência
Nacional dos Diários Associados e Rádio Cultura. Atuou, como
freelancer, na Folha de S. Paulo e Jornal da Tarde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário