O artista
* Por Solange Sólon Borges
Meu campo de sonhos foi povoado de tulipas que explodem em cores, luz e ramos... Minha amiga Irene diz que são meros retratos, castos, abstratos, naturezas mortas, mas não é verdade...
As tulipas expressam a força dos tons e dos homens. As mãos se incubem desta delicada tarefa feminina da transformação: organizar a vida íntima das cores e sua química; a harmonia contida em cada etapa do pincel que derrama sua tonalidade na tela aparentemente em branco. Aparentemente em branco, mas também não é verdade...
A iluminura está lá, oculta, escondidinha nas ranhuras do tecido, aguardando o que só o sensível olhar do artista pode precisar. E vou lá, repleta de pincéis e espátulas cutucar a vida oculta dos retratos, que pulsa; dar contornos à asa ritmada das gaivotas, às folhas que se casam com as pétalas, ao mar calmo, aos barcos que repousam no azul, aos girassóis que guardam o dom da vida em vasos brilhantes, à linha do horizonte que se funde com o céu azul a dizer que é infinito e que a criação realmente não tem fim.
E está tudo lá: no nada. E só o artista vê e ouve a confissão das imagens que pedem vida.
E o artista vai e cumpre o seu papel: escuta o nada e cria o mundo.
* Jornalista, dedica-se a diversos gêneros literários. Entre outras atividades, atua em alguns programas “O prefácio”, sobre livros e literatura. Um deles é o programa Comunique-se, levado ao ar pela TV interativa ALL TV (2003/2004). Apresentou, também, “Paisagem Feminina”, pela Rádio Gazeta AM (1999), além de crônicas diárias na Rádio Bandeirantes e na Rádio Gazeta — emissoras das quais foi redatora, repórter, locutora e editora.
* Por Solange Sólon Borges
Meu campo de sonhos foi povoado de tulipas que explodem em cores, luz e ramos... Minha amiga Irene diz que são meros retratos, castos, abstratos, naturezas mortas, mas não é verdade...
As tulipas expressam a força dos tons e dos homens. As mãos se incubem desta delicada tarefa feminina da transformação: organizar a vida íntima das cores e sua química; a harmonia contida em cada etapa do pincel que derrama sua tonalidade na tela aparentemente em branco. Aparentemente em branco, mas também não é verdade...
A iluminura está lá, oculta, escondidinha nas ranhuras do tecido, aguardando o que só o sensível olhar do artista pode precisar. E vou lá, repleta de pincéis e espátulas cutucar a vida oculta dos retratos, que pulsa; dar contornos à asa ritmada das gaivotas, às folhas que se casam com as pétalas, ao mar calmo, aos barcos que repousam no azul, aos girassóis que guardam o dom da vida em vasos brilhantes, à linha do horizonte que se funde com o céu azul a dizer que é infinito e que a criação realmente não tem fim.
E está tudo lá: no nada. E só o artista vê e ouve a confissão das imagens que pedem vida.
E o artista vai e cumpre o seu papel: escuta o nada e cria o mundo.
* Jornalista, dedica-se a diversos gêneros literários. Entre outras atividades, atua em alguns programas “O prefácio”, sobre livros e literatura. Um deles é o programa Comunique-se, levado ao ar pela TV interativa ALL TV (2003/2004). Apresentou, também, “Paisagem Feminina”, pela Rádio Gazeta AM (1999), além de crônicas diárias na Rádio Bandeirantes e na Rádio Gazeta — emissoras das quais foi redatora, repórter, locutora e editora.
Uma explicação livre sobre a criação do artista plástico, que pode se aproximar da verdade. Cada pintor, -já conversei com alguns sobre o momento da criação-, tem uma explicação sobre como vem a inspiração e a construção da imagens. Para mim o que vai sendo criado "força" as novas criações e o surgimento de mais imagens.
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