segunda-feira, 13 de dezembro de 2010




Bolha de sabão

* Por Aliene Coutinho


Sinto-te escorregar
pelas mãos,
deslizas entre meus dedos
e desces ralo abaixo
como água de chuveiro.
Tento te segurar
por um mais um minuto
que seja
mas te desmanchas
a cada toque,
bolha de sabão
que no calor
explode.
Não consigo te manter
comigo,
não consigo sequer
te guardar,
deixo enfim, que
te dissolva
sonrisal em coca-cola,
quem sabe assim
me cure desse mal
que é você.

* Jornalista e professora de Telejornalismo

2 comentários:

  1. Não sei se esse mal tem cura
    mas a bula é variadíssima...
    Abraços

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  2. Lendo e sentindo as palavras escapulindo: sensação estranha e interessante. Vocês poetas fazem das palavras um vídeo.

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