quarta-feira, 10 de agosto de 2011







Dual

* Por Sayonara Lino

Há algo em mim que não quer calar. Está sempre presente, embora eu insista firmemente em adormecê-lo. Muitas vezes, esta força reage com uma fúria que chega a assustar. Em outros momentos, é apaziguada pelo amor que não se cansa de se aproximar daqueles que necessitam urgentemente ser acalentados.

Se luto ferozmente contra este ser indecifrável, ele toma enormes proporções, torna-se super-dimensionado. Se dou uma trégua e o deixo de lado, esquecido em um canto, seu poder se esvai. Dessa forma, é possível viver em liberdade por breves instantes.

Forças opostas, antagônicas, podem ser chamadas de dualidade. Componentes da natureza humana, reinará absoluta a parte que for mais alimentada. Bem e mal, ocasionalmente andam de mãos dadas. Treva e luz habitando o mesmo espaço. Energias opostas, claramente contrárias, freqüentemente podem ser complementares.

• Jornalista, fotógrafa e colunista do Literário

2 comentários:

  1. Acredito que o discernimento e a moral
    ou valores...sei lá, atenuam o nosso lado negro.
    Já saí na rua de punhos fechados transtornada
    e um simples pedido de desculpas me desarmou...graças a Deus.
    Beijos

    ResponderExcluir
  2. Pode-se pular de um extremo ao outro Sayonara, pois a nossa dualidade anda de mãos dadas. Quando alguém chega gritando, uma boa arma que não tarda a desarmá-lo é falar mansamente.

    ResponderExcluir