terça-feira, 23 de agosto de 2011







Perguntas e respostas

* Por Evelyne Furtado

Há tempo de fazer perguntas e tempo de aguardar respostas.
Tempo de obter respostas e tempo para refazer perguntas.
Há períodos nos quais as respostas amadurecem como frutas,

que se não são colhidas na hora certa perecem.
Há um tempo em que perguntas e respostas convivem ambivalentes.
Brigam entre si.
Muitas vezes nem se reconhecem, pois não são da mesma natureza.
Em outros se harmonizam: perguntas e respostas.
Tempo bom! Instantes que dispensam relógios.
Batidas, só as do coração pulsando regularmente.
Ou as do mar no rochedo doce e insistentemente.
Repito: tempo bom!
Mas há momentos em que as respostas chegam sem o devido amadurecimento.
Surgem todas de uma vez, enfileiradas, uma após outra,
Como letras formando palavras perfeitas, mas em língua desconhecida.
Chega o tempo de reaprender.

• Poetisa e cronista de Natal/RN

3 comentários:

  1. Texto enigmático. O que você quis dizer com isso, Evelyne? Faço perguntas e quero as respostas...

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  2. Diria que, muitas vezes, as respostas já estão implícitas nas perguntas. E entre desencontros mil entre perguntas e respostas, fica valendo a afirmação: muito bom.
    Um beijo pra você, Evelyne.

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  3. Que não terminamos nunca de perguntar e que as respostas às vezes são indecifráveis, Mara (rs). Beijos para você e Marcelo.

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