sexta-feira, 26 de agosto de 2011



Dom Helder Câmara

* Por Don Regueira

Filho do guarda-livros João Eduardo Câmara Filho e da professora Adelaide Pessoa Câmara, ele nasceu em Fortaleza, no dia 7 de fevereiro de 1909.
De 1923 a 1931, estudou no Seminário de Fortaleza. No dia 15 de agosto de 1931, foi ordenado sacerdote. No dia 20 de abril de 1951, foi sagrado bispo e tomou posse como bispo auxiliar do Rio de Janeiro.
De 1952 a 1962, foi o 1º Secretário Geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Em 25 de abril de 11955, foi promovido a arcebispo auxiliar do Rio de Janeiro, ocupando, também, a secretaria-geral do 23º Congresso Eucarístico Internacional.
No dia 14 de março de 1964, foi indicado pelo papa Paulo VI para o arcebispado de Olinda e Recife. No dia 12 de abril do mesmo ano, na Sé de Olinda, onde hoje se encontram sepultados os seus restos mortais, tomou posse como o 30º bispo e o 6º arcebispo de Olinda e Recife. Três dias depois, em 15 de abril, recebeu o título de Cidadão Pernambucano, concedido pela Assembléia Legislativa do Estado.
Em 1967, no dia 30 de março, a agência de notícias France Press atribuiu a ele incisiva influência no texto da encíclíca Populorum Progressio, do papa Paulo VI.
No dia 24 de outubro de 1968, a sua residência na Igreja das Fronteiras, no bairro da Boa Vista, no Recife, foi metralhada por pessoas que gritavam "morte ao arcebispo vermelho".
No dia 27 de maio de 1969, sofre um duro golpe com o assassinato do padre Henrique Pereira Neto, seu auxiliar direto na arquidiocese.
Em setembro de 1970, sofre nova agressão com as paredes da sua residência sendo pichadas com a frase "Brasil, ame-o ou deixe-o", um dos slogans da ditadura militar que então reinava no País.
Em fevereiro de 1971, é descrito como um homem dos pobres e comparado a São Francisco de Assis pelo jornal L'Observatore Romano, do Vaticano.
No dia 30 de março de 1979, o segundo número da revista Cadernos de Opinião é apreendida por conter uma entrevista sua.
Em 1980, ainda durante o regime de exceção no Brasil, no dia 8 de julho, recebe no Recife a visita do papa João Paulo II que o chama de "irmão dos pobres e meu irmão".
Em 15 de agosto de 1981, completa 50 anos de sacerdócio. Quatro anos depois, em 1985, torna-se arcebispo emérito de Olinda e Recife, aposentando-se por limite de idade.
Em novembro de 1990, lança na FUNDAJ a campanha "Ano 2000 sem miséria".
No dia 22 de julho de 1997, a grande imprensa revela ao País e ao mundo que o Governo Médici (1969-1974) moveu uma campanha secreta contra a sua eleição para o Prêmio Nobel da Paz.
Esse grande homem, um dos baluartes na luta contra a ditadura militar no Brasil, nos anos 60 e 70 do século passado, faleceu no dia 27 de agosto de 1999, aos 90 anos, no Recife, na Igreja da Fronteira.
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* Poeta do Recife

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