Consciência primária
Por Pedro J. Bondaczuk
O homem, com todas as "maravilhas" tecnológicas que inventou e desenvolveu, está, na verdade, em um estágio bastante primitivo de consciência. O gênio dos gênios (pelos parâmetros contemporâneos) não passa de um boçal primitivo se for levado em conta o potencial imenso do cérebro humano.
Tudo o que esse animal que pensa criou --- desde a linguagem falada à escrita, desde as artes às ciências, desde o automóvel ao computador etc.--- são brinquedos infantis diante do que poderia criar se tivesse pleno domínio sobre a sua mente. Mas não tem.
As engenhocas ditas de alta tecnologia, que maravilham e encantam a tantos, não passam de instrumentos extremamente rústicos e primitivos (como são para os contemporâneos as facas e machados de silex dos que habitavam as cavernas há somente onze mil anos), se comparados com o que pode ser feito em um futuro não muito remoto.
O homem vive em um mundo de mistérios que, no entanto, é simples grão de areia na imensidão universal repleta de infinitos mundos. E, no entanto, seu cérebro abarca toda essa grandeza, que seus sentidos são impotentes em captar.
Com que instrumento maravilhoso a natureza dotou esse animal atípico, que embora tendo os mesmos instintos, necessidades e fragilidades dos demais, se destaca de todos por contar com esse poderoso recurso!!
O que o torna tão potente e eficaz? Há tempos vem se tentando simulá-lo, mediante o desenvolvimento dos computadores. Estes têm "memória" e realizam operações que pessoa alguma consegue fazer com a mesma precisão e velocidade. No entanto, não passam de máquinas. Não pensam. Não tomam decisões. Não se ligam sozinhos. Não sentem. Dependem do homem para serem construídos e operados.
Ou seja, não criam, não sonham e nem têm (e nem podem ter) emoções. O cérebro humano, por sua vez, tem capacidade virtualmente infinita. O que o faz funcionar? Corrente elétrica? Reação química? Magia? Ou é esse mistério dos mistérios, cuja origem e destino são absolutamente desconhecidos e que se conhece por alma? É nela que reside a transcendência humana, o "sopro" divino que fez do homem o único animal inteligente da natureza, neste e nos milhões de planetas habitados que certamente existem em outras partes do universo.
* Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance Fatal” (contos) e “Cronos & Narciso” (crônicas). Blog “O Escrevinhador” – http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk
Por Pedro J. Bondaczuk
O homem, com todas as "maravilhas" tecnológicas que inventou e desenvolveu, está, na verdade, em um estágio bastante primitivo de consciência. O gênio dos gênios (pelos parâmetros contemporâneos) não passa de um boçal primitivo se for levado em conta o potencial imenso do cérebro humano.
Tudo o que esse animal que pensa criou --- desde a linguagem falada à escrita, desde as artes às ciências, desde o automóvel ao computador etc.--- são brinquedos infantis diante do que poderia criar se tivesse pleno domínio sobre a sua mente. Mas não tem.
As engenhocas ditas de alta tecnologia, que maravilham e encantam a tantos, não passam de instrumentos extremamente rústicos e primitivos (como são para os contemporâneos as facas e machados de silex dos que habitavam as cavernas há somente onze mil anos), se comparados com o que pode ser feito em um futuro não muito remoto.
O homem vive em um mundo de mistérios que, no entanto, é simples grão de areia na imensidão universal repleta de infinitos mundos. E, no entanto, seu cérebro abarca toda essa grandeza, que seus sentidos são impotentes em captar.
Com que instrumento maravilhoso a natureza dotou esse animal atípico, que embora tendo os mesmos instintos, necessidades e fragilidades dos demais, se destaca de todos por contar com esse poderoso recurso!!
O que o torna tão potente e eficaz? Há tempos vem se tentando simulá-lo, mediante o desenvolvimento dos computadores. Estes têm "memória" e realizam operações que pessoa alguma consegue fazer com a mesma precisão e velocidade. No entanto, não passam de máquinas. Não pensam. Não tomam decisões. Não se ligam sozinhos. Não sentem. Dependem do homem para serem construídos e operados.
Ou seja, não criam, não sonham e nem têm (e nem podem ter) emoções. O cérebro humano, por sua vez, tem capacidade virtualmente infinita. O que o faz funcionar? Corrente elétrica? Reação química? Magia? Ou é esse mistério dos mistérios, cuja origem e destino são absolutamente desconhecidos e que se conhece por alma? É nela que reside a transcendência humana, o "sopro" divino que fez do homem o único animal inteligente da natureza, neste e nos milhões de planetas habitados que certamente existem em outras partes do universo.
* Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance Fatal” (contos) e “Cronos & Narciso” (crônicas). Blog “O Escrevinhador” – http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk
O funcionamento cerebral é algo surpreendente até para os pesquisadores. A cada dia sabe-se mais sobre ele. Imagine-se aos 18 anos passar todo um ano com cérebros inteiros e aos pedaços nas mãos? Naquele distante ano de 1974 sabíamos bem menos do que sabemos hoje sobre nós mesmos.
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