segunda-feira, 22 de agosto de 2011



Está tudo bem quando eu sangro e os outros dormem

* Por Paulo Melo Souza

Faço de mim meu próprio espetáculo
caminhando nu pela praça
mijando estátuas
com bigodes e paletós
gritando ao mundo a palavra orgasmo
quando a lua cínica me seduz
e me trai
pontualmente
mês após mês e até sempre e sempre
Então saio pela noite feito um lobisomem
bebendo a cântaros
oferecendo brindes à minha própria loucura

• Poeta e jornalista maranhense, autor dos livros “Visagem” e “Oráculo de Lúcifer”

Um comentário:

  1. Um brinde a sua loucura
    em forma de poesia.
    A apatia me amedronta.
    Abraços

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