sábado, 9 de julho de 2016

Regresso


* Por Flora Figueiredo

Fui até o poeta para questionar:
- Por onde anda a poesia,
pois a sinto rasa, rala e incompleta?
Ao que ele prontamente retrucou:
- Olha em teu entorno.
A poesia é como loiça branca.
Está por toda parte,
mas cabe a ti levá-la ao forno.

* Poetisa, cronista, compositora e tradutora, autora de “O trem que traz a noite”, “Chão de vento”, “Calçada de verão”, “Limão Rosa”, “Amor a céu aberto” e “Florescência”; rima, ritmo e bom-humor são características da sua poesia. Deixa evidente sua intimidade com o mundo, abraçando o cotidiano com vitalidade e graça - às vezes romântica, às vezes irreverente e turbulenta. Sempre dentro de uma linguagem concisa e simples, plena de sutileza verbal, seus poemas são como um mergulho profundo nas águas da vida.


Nenhum comentário:

Postar um comentário