quarta-feira, 27 de julho de 2016

Sobre o terror


* Por João Marcos Adede y Castro

Nesses tempos modernos, de excelentes oportunidades de comunicação rápida e eficiente, sempre tem um ou vários idiotas que utilizam as facilidades para destilar ódio sem justificativa, para pregar o terror, o medo e a destruição.

Não me digam que essas pessoas têm motivos, porque não os reconheço como suficientes para justificar qualquer ato de terror, promovido pelo Estado ou pelo indivíduo.

Temos muitos problemas, desde guerras intermináveis, promovidas e mantidas por interesses econômicos, destruição do Planeta para atender ao desinteresse de muitos, doenças terríveis sem cura ou de tratamentos tão caros que pouquíssimos têm acesso.

Porque então devemos aumentar ainda mais nossos problemas com idiotias, estupidez, falta de amor, raivas, desejos de vingança? Porque então devemos concentrar forças em odiar, em matar, em semear o medo?

Estou muito velho para ser ingênuo, apenas quero ser um agente de paz e não de guerra, de amor e não de ódio, de construção e não de destruição. Sei que posso fazer pouco ao escrever, mas não quero morrer conhecido como o irresponsável que, no seu mundinho minúsculo e pouco influente de escritor, semeou o ódio. Prefiro ser chamado de inútil a de instrumento da guerra.

Apenas os idiotas acham que a guerra é como nos filmes, limpa e cirúrgica. A guerra é suja, dolorida, cansativa, cara e destrói vidas, patrimônios e sonhos. Também sei que muita gente ganha bilhões de dólares com a guerra e o terror e depois aparece na televisão chorando porque ela não acaba.

Prefiro acreditar que a paz é possível e ela nasce todos os dias dentro de nós, na nossa família, no nosso trabalho, em nossa vida. Não apoie a guerra e o terror, você será a próxima vítima.


* Historiador

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