sábado, 16 de julho de 2016

Octaedro


* Por Samuel C. da Costa


Naquela perdida noite outonal
Tem o inesperado
Um sacrossanto beijo teu
Banhado do mais puro negro luar
Vem junto
Com o derradeiro ato
Uma sombra obscura do longínquo
Passado teu
Que passa
E nunca passa

Então pego o disco de acetato
Ponho na eletrola
Que passa para tocar
Uma obscura balada de amor
Uma perdida écloga sintética

E eu sigo a te amar
De forma abstrata
Vulcânica e absoluta


* Poeta de Itajaí/SC

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