Essa mulher...
* Por Núbia Araújo Nonato
do Amaral
Lá vinha ela...ai meu Deus!
Efigênia enchia os olhos de qualquer um. Negra linda da cintura de
vespa, uma bela bunda e um sorriso safado de quem sabia atiçar. Ela
caminhava na direção do rio, ia lavar as roupas das madames. Quando
se abaixava podia ver seus seios grandes e rijos, os mamilos
salientes provocantes.
Depois de lavar toda a roupa
ela se banhava no rio para se refrescar, seu corpo molhado revelava
curvas poderosas. Um dia, Efigênia me encarou, quase desmaiei.
- Menino, quantos anos você
tem?
Gaguejei tanto que não
consegui lhe responder. Ela sorriu dando uma gostosa gargalhada.
- Venha aqui ao anoitecer –
e se foi balançando as ancas.
Fiquei ali parado um bom tempo
sem acreditar no que havia acontecido. Corri para casa feliz da vida,
tomei banho cedo e me perfumei todo. As horas não passavam. À
noitinha eu já estava lá esperando impacientemente quando ouvi
seus passos e um cheiro forte de canela.
Tremia dos pés à cabeça
quando ela se aproximou e cheirou meu pescoço. Sorrindo, conduziu
minha mão para dentro de sua blusa, toquei seus mamilos endurecidos
quase perdendo a respiração. Efigênia com as mãos dentro de minha
calça estimulava meu membro; quando pensei que fosse gozar ela
retirou a mão cheirando-a me sorrindo indecentemente.
Pensei que fosse desmaiar
quando a vi ajoelhar-se me abocanhando sem aviso prévio. O calor de
sua boca me amolecia. Ela reinava absoluta quando meus instintos de
macho afloraram e a segurei pelos cabelos conduzindo o frenesi
daquele vaivém. Senti meus pés fora do chão e mesmo depois de ter
gozado ela continuou, até me refazer.
- Vem meu menino.
Ela me puxou para o chão e se
pôs em cima de mim me oferecendo seus seios. Enquanto passava a
língua em seus mamilos, ela se mexia feito louca, sem parar, seus
olhos estavam fechados, mas o sorriso mostrava que estava gostando.
Minha vontade era de mordê-la...
Seu suor pingava em meu rosto,
via seus olhos revirando toda vez que gozava. Efigênia aproximou seu
rosto do meu e beijou-me na boca demoradamente; abracei seu corpo e a
fiz deitar-se, abri suas pernas e senti o gosto do seu sexo, ela
tentou me empurrar.
Quando senti seu corpo
estremecer de prazer, deliciei-me com o seu gosto de canela.
Efigênia, exausta, só sorria.
- Meu menino...meu menino.
*
Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário.
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