Escrever
por escrever
*
Por Eduardo Oliveira Freire
Gosto
de escrever por escrever, assim, descubro o que não sei ou como se
escreve corretamente uma palavra. Não estou perdendo tempo, pelo
contrário, ganho conhecimento. Não concordo muito com o pensamento
de escrever só quando tiver uma boa ideia. Talvez, para um escritor
profissional esta ideia é mais plausível, agora, não para mim, um
aspirante a escritor. Preciso ensaiar até encontrar minha forma de
escrever. Continuo minha jornada…
Vivemos
numa época desencantada, não adianta pensar em fábulas e teorias
de quarenta anos atrás. Agora como podemos prosseguir a travessia da
vida? As grandes revoluções se perderam no meio do caminho e o que
fica é a luta diária do povo. Brasil é um país complexo de se
pensar, principalmente por sua diversidade. Mas, mesmo assim, estamos
construindo uma identidade brasileira e estamos um pouco menos
ignorantes que nossos antepassados. Tenho fé que aos pouquinhos, o
Brasil se torne uma nação próspera e justa que, inclusive, não
vise só ordem e progresso, mas amor também.
Metamorfose
mostra que não somos Deuses e nem mais importantes que um inseto
nojento, que matamos por repulsa. Vivemos uma vida ilusória e
interpretada. A vida não humanizada nos esmaga, ou melhor, faz a
gente desaparecer.
Muitas
vezes, quando não se escolhem as palavras certas, pode-se levar à
má interpretação. Por exemplo, quando digo "empreguinho",
não quero diminuir o valor do trabalho e nem a capacidade dos
profissionais. Almejo criticar a desvalorização dos empregadores em
relação aos funcionários, tornando-os quase escravos. Para mim,
toda a profissão é digna e merece toda a consideração.
Confesso
que quando alguém discordava dos meus textos, ficava triste. Mas com
o tempo, percebi que se a pessoa diverge ou não gosta do que
produzo, pelo menos coloca-o em movimento. É melhor que não ler,
pois se tornará nulo.
*
Formado
em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense.
Pós-Graduação em Jornalismo Cultural na Estácio de Sá e é
aspirante
a escritor.
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