Biografia
* Por
Eduardo Oliveira Freire
Eduardo, quando deu
por si, descobriu que tinha uma ambiguidade complexa em seu ser. Tinha
sensibilidade de artista, mas não possuía talento. Sua vida se resumia a
procurar uma forma de expressão. Esta busca foi uma travessia de vários ensaios
na escrita, em fazer vídeos e a fotografar.
Atualmente, com o
desenvolvimento da tecnologia, surgiram os smartphones com suas ferramentas e
aplicativos que ajudavam a melhorar um pouco a foto. Eduardo passava horas a
editar seus instantâneos, brincando de ser artista. Sem restrições, colocava um
monte de filtros de edição de imagem nelas. Não tinha noção nenhuma de
equilíbrio das cores.
Com o tempo,
fotografar com o celular foi a mais nova e breve obsessão de Eduardo (acumulou
breves obsessões ao decorrer das estações, eu que eu diga).
Porém, esta mania
podia ser perigosa, já que havia a possibilidade de o considerarem
bisbilhoteiro. Na verdade, Eduardo desejava capturar a beleza escondida no
cotidiano. Sua mente se expandia para encontrá-la, enquanto a câmera do telefone
não acompanhava. Até ficava desanimado de não conseguir descobrir algo
interessante.
Um dia, no shopping,
viu uma manequim na vitrine e clicou. Depois, recortou para focar o rosto e
utilizou o aplicativo que transformava a foto em desenho.
Teve uma crise de
identidade, sentiu-se fingidor e não queria mostrar ser o que não era. Começou
a construir um manifesto para ele, com a finalidade de se justificar.
Concluiu que era um
pseudoartista e sua pseudoarte o ajudava a enxergar o mundo em que vivia e a si
mesmo.
*
Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante
a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário