Ponteio
*
Por Alcides Villaça
mas
as palavras por fim.
Mas
as palavras repousam,
e
os olhos devem seguir.
Os
olhos sabem primeiro,
mas
as palavras recolhem.
Mas
as palavras não colhem
do
campo o que os olhos colhem.
Os
olhos querem o tempo,
mas
as palavras já têm.
Mas
nas palavras não cabe
dos
olhos esse não caber.
Os
olhos olham as palavras,
mas
as palavras entoam.
Mas
as palavras retornam,
e
os olhos nascem além.
Entre
olhos e palavras
não
fique ânsia ou vagar:
distâncias
mudas e cegas
tocam-se,
para ver cantar.
*
Poeta e professor de Literatura.
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