No
meio do caminho
*
Por Talis Andrade
A
morte vem
com estardalhaço
salva de girândolas
retreta na praça
com estardalhaço
salva de girândolas
retreta na praça
A
morte vem
num tremor de terra
quando se abrem
as sete bocas
do inferno
num tremor de terra
quando se abrem
as sete bocas
do inferno
A
morte vem
quando você
atravessa a rua
e tropeça que
no meio do caminho
tem uma pedra
no meio do caminho
uma pedra
um carro sem freios
um cavalo em disparada
quando você
atravessa a rua
e tropeça que
no meio do caminho
tem uma pedra
no meio do caminho
uma pedra
um carro sem freios
um cavalo em disparada
A
vida uma andança
e mais que se ande
nunca se passa
do meio do caminho
e mais que se ande
nunca se passa
do meio do caminho
Pra
quê pressa
come devagarinho
come devagarinho
*
Jornalista,
poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em
História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como
a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do
Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A
República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o
recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).
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