quarta-feira, 27 de junho de 2018

Pompeia - Alexandre Marino


Pompeia


* Por Alexandre Marino


Meu coração fibrila sob a terra
e arranca lágrimas do Vesúvio.
O corpo de outro sonho deserta
e refaz solitário
seu roteiro turvo

Cada um ao vagar inerte,
além de memórias em refluxo,
escreve a sua odisseia
Entre rumores e tragédias,
mas é eterno o recomeço
nas finitudes de Pompeia

É feita de tropeços a estrada
deste corpo fóssil assim exposto
aos olhos curiosos das estátuas


* Jornalista e poeta residente em Brasília, onde trabalha na Assessoria de Comunicação Social do Ministério de Educação. Autor dos livros “Poemas por amor”, “Arqueolhar”, “O delírio dos búzios”, “Todas as tempestades” e “Os operários da palavra”.


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