Pompeia
*
Por Alexandre Marino
Meu
coração fibrila sob a terra
e
arranca lágrimas do Vesúvio.
O
corpo de outro sonho deserta
e
refaz solitário
seu
roteiro turvo
Cada
um ao vagar inerte,
além
de memórias em refluxo,
escreve
a sua odisseia
Entre
rumores e tragédias,
mas
é eterno o recomeço
nas
finitudes de Pompeia
É
feita de tropeços a estrada
deste
corpo fóssil assim exposto
aos
olhos curiosos das estátuas
* Jornalista e poeta
residente em Brasília, onde trabalha na Assessoria de Comunicação
Social do Ministério de Educação. Autor dos livros “Poemas por
amor”, “Arqueolhar”, “O delírio dos búzios”, “Todas as
tempestades” e “Os operários da palavra”.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário