segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011




Vida roubada

* Por Ana Flores


Existem vários tipos de ladrão. Ladrão de galinha, ladrão de carro, batedores de carteira, os políticos, e alguns outros que você puder lembrar. Todos esses, sempre que possível, são julgados e devidamente condenados. Mas para mim, há um tipo de ladrão que é o pior de todos: o ladrão de tempo. Existem vários dessa espécie. Eles andam soltos por aí, roubando o tempo de vida das outras pessoas. Considero este o pior, devido ao fato de que aquilo que ele roubou, não poderá ser recuperado nunca mais. É tempo que se vai e que não volta. Se roubarem o meu carro talvez eu ainda consiga recupera-lo mas os meus 15 minutos de vida roubados por alguém que se atrasou, áh...esses eu não verei nunca mais.

O mundo está cheio desses cleptomaníacos, essas pessoas que sofrem pelo impulso de roubar...o tempo dos outros. Eles nem percebem mais, mas estão sempre 5 minutos atrasados. Frequentemente desmarcam compromissos no dia. Não aparecem. Não se posicionam. Ficam em cima do muro. Sempre perdem os trailers porque chegam atrasados no cinema. Sempre há alguém esperando por um ladrão de tempo, seja um amigo para um café, um colega de trabalho ou o cabeleireiro. E adoram colocar a culpa no coitado do trânsito ou no despertador que não tocou!

Para mim, tempo significa vida. Logo, sempre que alguém rouba o meu tempo, penso: Ele roubou um pedaço da minha vida! E pode ser só 10 minutos, mas continua sendo vida roubada. Pense em quantas coisas boas e úteis que você pode fazer com 10 minutos e multiplique por todos os 10 minutinhos que lhe deixaram esperando e perceba o quanto da sua vida lhe foi roubada. Pausa para reflexão. De roubado, só beijo.

• Escritora

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