Orelha do livro: “O Pai do Chupa”
* Por José Calvino de Andrade Lima
* Por José Calvino de Andrade Lima
O Pai do Chupa, que versa sobre a existência da personagem que dá nome à obra. A figura fantasmagórica do Pai do Chupa preocupou por longo tempo o povo recifense, especialmente os habitantes do bairro de São José. Sua trêfega existência – quase um fauno – intrigava a todos, tanto por seus hábitos sedentários, como por sua lúgubre aparência; um espantalho humano, recurvado sob o peso da enorme mochila de que nunca se separara, vagueava diuturnamente pelos arredores do Chupa, sempre solitário, verdadeiro ermitão.
O escritor, ao romantizar a vida do personagem, dá-lhe uma nova roupagem, tramando uma estória amorosa, mais atraente à leitura, sem, contudo, escambar a verdade.
De fato, biografar um personagem sem muita influência social, notabilizando-se apenas por sua excentricidade, um anacoreta-urbanita? Seria produzir trabalho enfadonho, sem razoável perspectiva literária, sem atingir o público colimado.
Aspecto notável no presente trabalho é a maneira não convencional como Calvino consegue desenleiar seu romance. Não existe a preocupação temporal. Nenhuma observação cronológica. Os fatos acontecem ora além, ora aquém do temporário, à revelia do calendário. O começo e o fim da narrativa se entremeiam numa “misturação” proposital de dias e datas, sem, contudo, conturbar o sentido maior almejado.
* Escritor, poeta e teatrólogo
O escritor, ao romantizar a vida do personagem, dá-lhe uma nova roupagem, tramando uma estória amorosa, mais atraente à leitura, sem, contudo, escambar a verdade.
De fato, biografar um personagem sem muita influência social, notabilizando-se apenas por sua excentricidade, um anacoreta-urbanita? Seria produzir trabalho enfadonho, sem razoável perspectiva literária, sem atingir o público colimado.
Aspecto notável no presente trabalho é a maneira não convencional como Calvino consegue desenleiar seu romance. Não existe a preocupação temporal. Nenhuma observação cronológica. Os fatos acontecem ora além, ora aquém do temporário, à revelia do calendário. O começo e o fim da narrativa se entremeiam numa “misturação” proposital de dias e datas, sem, contudo, conturbar o sentido maior almejado.
* Escritor, poeta e teatrólogo
Gosto dessas figuras que povoam
ResponderExcluiro imaginário do povo roubando-lhes
o sono.
Beijão Zé.
Ao ler a orelha do livro, ficou o gostinho de quero mais. Já se encontra nas livrarias, Calvino?
ResponderExcluirBeijão