

Finalmente o Museu do Comércio
* Por Benedito Ramos Amorim
Com uma espera de 81 anos o Museu do Comércio de Alagoas – MUCOM, é instalado no Palácio do Comércio. Era a vontade da diretoria que construiu a sede da Associação Comercial de Maceió, e Homero Galvão revelou, claramente, em seu discurso de inauguração, no dia 16 de junho de 1928, registrado no Jornal de Alagoas do dia seguinte.
O circuito museográfico foi criado a partir da História comum do descobrimento do Brasil e da Capitania de Pernambuco, cercada pela presença holandesa, pelo período extrativista, pelo tráfico de madeiras, especiarias e pelo comércio escravo. O Brasil como reino inaugura uma nova era com a presença de Dom João VI onde um volume de leis, decretos e cartas régias marca a sua presença e a diferença que faz no comércio da antiga colônia de Portugal.
Alagoas aparece, primeiro, à sombra de Pernambuco, representada pela reprodução ampliada da cartografia de Frans Post. Depois, como Alagoa ad Austrum, onde a primitiva Vila de Santa Maria Magdalena aparece. E, finalmente, marcada pela data de 1817 – sua emancipação, com uma placa em azulejo português (cenográfico), demonstrando ter sido um gesto de gratidão do filho de Dona Maria I, pelo fato dos alagoanos não se envolverem na briga de Pernambuco com o Rei.
O documento, fac-símile, está exposto, junto com muitos outros bem interessantes. Mas é no II império, e diante de uma grande fotografia emoldurada do Imperador Dom Pedro II, que os engenhos de açúcar desfilam até o alvorecer da indústria açucareira e têxtil. É aí que aparece a Associação Comercial de Maceió, criada por José Joaquim de Oliveira, esse desconhecido comerciante de algodão que comprou a liberdade da escravinha Bemvinda, para celebrar a fundação da entidade. E isto o visitante pode ver no texto da ata, copiada do dia 07 de setembro de 1866.
A sequência do circuito é a história da Associação, representada por um rico acervo de móveis e utensílios de época e grande iconografia de alta resolução. Uma coleção de moedas explica a mudança do primeiro padrão monetário e até exibe o meio circulante das usinas de açúcar. Finalmente, mergulha-se no passado pitoresco do bairro de Jaraguá, com seus casarios, seu amplo desenvolvimento, sua gente trabalhando, suas lojas e o porto.
O museu nasce com uma vocação à pesquisa, por isso, os que desejam ampliar seus conhecimentos e pesquisar desde a formação das Juntas de comércio, na época de Dom João VI até as muitas histórias dos descobrimentos, viagens a Índia, Comércio de especiarias, escravos até as estatísticas dos navios negreiros ou da movimentação do porto de Maceió, o Museu oferece obras em fac-símile oriundas das Bibliotecas, Nacional de Portugal, Arquivo Ultramarino, Nacional do Brasil, Domínio Público e Brasiliana, como também o próprio acervo da Associação Comercial de Maceió, com seus 11 livros de atas e as escriturações da movimentação das importações e exportações de açúcar, algodão e tantas outras mercadorias que passavam pelo porto de Jaraguá. Boa parte desse material já está digitalizado e disponível ao público interessado.
* Coordenador de Ação Cultural e Social da Associação Comercial de Maceió
* Por Benedito Ramos Amorim
Com uma espera de 81 anos o Museu do Comércio de Alagoas – MUCOM, é instalado no Palácio do Comércio. Era a vontade da diretoria que construiu a sede da Associação Comercial de Maceió, e Homero Galvão revelou, claramente, em seu discurso de inauguração, no dia 16 de junho de 1928, registrado no Jornal de Alagoas do dia seguinte.
O circuito museográfico foi criado a partir da História comum do descobrimento do Brasil e da Capitania de Pernambuco, cercada pela presença holandesa, pelo período extrativista, pelo tráfico de madeiras, especiarias e pelo comércio escravo. O Brasil como reino inaugura uma nova era com a presença de Dom João VI onde um volume de leis, decretos e cartas régias marca a sua presença e a diferença que faz no comércio da antiga colônia de Portugal.
Alagoas aparece, primeiro, à sombra de Pernambuco, representada pela reprodução ampliada da cartografia de Frans Post. Depois, como Alagoa ad Austrum, onde a primitiva Vila de Santa Maria Magdalena aparece. E, finalmente, marcada pela data de 1817 – sua emancipação, com uma placa em azulejo português (cenográfico), demonstrando ter sido um gesto de gratidão do filho de Dona Maria I, pelo fato dos alagoanos não se envolverem na briga de Pernambuco com o Rei.
O documento, fac-símile, está exposto, junto com muitos outros bem interessantes. Mas é no II império, e diante de uma grande fotografia emoldurada do Imperador Dom Pedro II, que os engenhos de açúcar desfilam até o alvorecer da indústria açucareira e têxtil. É aí que aparece a Associação Comercial de Maceió, criada por José Joaquim de Oliveira, esse desconhecido comerciante de algodão que comprou a liberdade da escravinha Bemvinda, para celebrar a fundação da entidade. E isto o visitante pode ver no texto da ata, copiada do dia 07 de setembro de 1866.
A sequência do circuito é a história da Associação, representada por um rico acervo de móveis e utensílios de época e grande iconografia de alta resolução. Uma coleção de moedas explica a mudança do primeiro padrão monetário e até exibe o meio circulante das usinas de açúcar. Finalmente, mergulha-se no passado pitoresco do bairro de Jaraguá, com seus casarios, seu amplo desenvolvimento, sua gente trabalhando, suas lojas e o porto.
O museu nasce com uma vocação à pesquisa, por isso, os que desejam ampliar seus conhecimentos e pesquisar desde a formação das Juntas de comércio, na época de Dom João VI até as muitas histórias dos descobrimentos, viagens a Índia, Comércio de especiarias, escravos até as estatísticas dos navios negreiros ou da movimentação do porto de Maceió, o Museu oferece obras em fac-símile oriundas das Bibliotecas, Nacional de Portugal, Arquivo Ultramarino, Nacional do Brasil, Domínio Público e Brasiliana, como também o próprio acervo da Associação Comercial de Maceió, com seus 11 livros de atas e as escriturações da movimentação das importações e exportações de açúcar, algodão e tantas outras mercadorias que passavam pelo porto de Jaraguá. Boa parte desse material já está digitalizado e disponível ao público interessado.
* Coordenador de Ação Cultural e Social da Associação Comercial de Maceió
Parabéns e sucesso!
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