É melhor denunciar ao UNICEF
* Seu Pedro
Sob o desleixo dos governantes, que se mostram coniventes com o ensino de má qualidade, os professores ativistas gritaram pela greve a favor da qualidade no ensino. Qualidade esta que depende de um tripé: escola, família e a vontade do próprio aluno. O governo fica como pagador da conta. E se paga um baixo salário, não é isto a causa de um ensino de péssima qualidade (e péssimos exemplos que rondam a escola). O exemplo da preguiça sim, por exemplo, é o que acompanha bom número de professores. Até uns bem assalariados!
Ouço os professores dizerem que não têm mais motivação pelo comportamento da comunidade, refletido em sala de aula pelos alunos, cada vez mais rebeldes. Mas quase nada estão fazendo para mudar, além de esporádicas reuniões, em que a quase totalidade do que é ali discutido cai no esquecimento. Uma das queixas que eu, pai de aluno, faço é quanto às faltas constantes de professores, que não comparecem às aulas: porque viajam, estão na faculdade, estão cansados ou estão com dor de barriga. O governo paga o mês inteiro, e não pergunta por que faltam tanto?
A educação volta à discussão no cenário nacional quando pais, que assim como os professores ganham mal, ficam inadimplentes em escolas particulares. Muitas delas são iguais aos médicos. Estes, não querem saber se o paciente pode pagar. Querem receber os altos valores cobrados. E. se o paciente não pagar, e não morrer, vai para o SPC. Todos sabem que a “Educação é dever do Estado” e direito de todos. Como nem todos têm como pagar uma escola particular, o Estado deve, por isso, ter uma boa escola com carga horária regular, sem tantas faltas com fracas justificativas dos professores. Tem obrigação de oferecer uma escola pelo menos boa.
Quase todo ano há greves longas, que comprometem a grade escolar, deixando aulas para serem recuperadas. Os professores deveriam manter um esforço de ministrar suas aulas com mais dedicação e menos faltas. O “Dia do Professor” será uma oportunidade para os professores e professoras darem um exemplo, e, em sala, recuperarem os tantos dias perdidos, que se acumulam. Como pai de aluna de colégio estadual da Bahia, que não teve duas aulas em um dia, já acumulando, na mesma semana, com falta de aula dois dias antes, protestei.
Um lamento dos diretores, que sempre ouço, é que a escola não é a mesma de tempos passados, no que concordo. No passado, quando faltava professor, o diretor da unidade ia para a sala de aula, ou, quando não podia, distribuía os alunos por salas com professores de outras turmas equivalentes ou de desenvolvimento próximo Ocupavam os alunos com alguma outra matéria, e ainda não se falava em ensino transversal. Por que não ensinarem sobre cidadania nas aulas que faltem um professor? E, aproveitando, que aprendam também!
(*) Seu Pedro é o jornalista Pedro Diedrichs, editor do jornal Vanguarda, de Guanambi, Bahia.
* Seu Pedro
Sob o desleixo dos governantes, que se mostram coniventes com o ensino de má qualidade, os professores ativistas gritaram pela greve a favor da qualidade no ensino. Qualidade esta que depende de um tripé: escola, família e a vontade do próprio aluno. O governo fica como pagador da conta. E se paga um baixo salário, não é isto a causa de um ensino de péssima qualidade (e péssimos exemplos que rondam a escola). O exemplo da preguiça sim, por exemplo, é o que acompanha bom número de professores. Até uns bem assalariados!
Ouço os professores dizerem que não têm mais motivação pelo comportamento da comunidade, refletido em sala de aula pelos alunos, cada vez mais rebeldes. Mas quase nada estão fazendo para mudar, além de esporádicas reuniões, em que a quase totalidade do que é ali discutido cai no esquecimento. Uma das queixas que eu, pai de aluno, faço é quanto às faltas constantes de professores, que não comparecem às aulas: porque viajam, estão na faculdade, estão cansados ou estão com dor de barriga. O governo paga o mês inteiro, e não pergunta por que faltam tanto?
A educação volta à discussão no cenário nacional quando pais, que assim como os professores ganham mal, ficam inadimplentes em escolas particulares. Muitas delas são iguais aos médicos. Estes, não querem saber se o paciente pode pagar. Querem receber os altos valores cobrados. E. se o paciente não pagar, e não morrer, vai para o SPC. Todos sabem que a “Educação é dever do Estado” e direito de todos. Como nem todos têm como pagar uma escola particular, o Estado deve, por isso, ter uma boa escola com carga horária regular, sem tantas faltas com fracas justificativas dos professores. Tem obrigação de oferecer uma escola pelo menos boa.
Quase todo ano há greves longas, que comprometem a grade escolar, deixando aulas para serem recuperadas. Os professores deveriam manter um esforço de ministrar suas aulas com mais dedicação e menos faltas. O “Dia do Professor” será uma oportunidade para os professores e professoras darem um exemplo, e, em sala, recuperarem os tantos dias perdidos, que se acumulam. Como pai de aluna de colégio estadual da Bahia, que não teve duas aulas em um dia, já acumulando, na mesma semana, com falta de aula dois dias antes, protestei.
Um lamento dos diretores, que sempre ouço, é que a escola não é a mesma de tempos passados, no que concordo. No passado, quando faltava professor, o diretor da unidade ia para a sala de aula, ou, quando não podia, distribuía os alunos por salas com professores de outras turmas equivalentes ou de desenvolvimento próximo Ocupavam os alunos com alguma outra matéria, e ainda não se falava em ensino transversal. Por que não ensinarem sobre cidadania nas aulas que faltem um professor? E, aproveitando, que aprendam também!
(*) Seu Pedro é o jornalista Pedro Diedrichs, editor do jornal Vanguarda, de Guanambi, Bahia.
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