Favoritos do Nobel
A esta altura do ano, o secretário permanente da Academia Sueca, Horace Engdahl, e seus ilustres colegas de júri, que têm a responsabilidade de atribuir o Prêmio Nobel de Literatura a cada ano, estão na fase de “retiro”. Ou seja, estão em algum lugar mantido sob rigoroso sigilo (provavelmente até da família, quanto mais dos amigos e conhecidos) analisando os livros dos cinco principais candidatos à premiação.
Desde janeiro, mantiveram intensíssima atividade. “Peneiraram” cerca de 300 candidatos, inscritos por organizações culturais de várias partes do mundo. Primeiro, reduziram os possíveis favoritos a cem. Posteriormente, esse número foi reduzido ainda mais, após acaloradíssimos debates, sucessivamente, para 50, 20, 10 e, finalmente cinco. Um deles obterá, na segunda semana de outubro, a consagração. Qual deles? A esta altura, nem Engdahl e nem seus companheiros ainda sabem. E se soubessem... certamente não diriam a ninguém, provavelmente nem para suas mulheres.
Quais os critérios que os julgadores adotam? Qualidade literária? Experiência? Inovações? Ou prevalece o aspecto político? Muitos acusam a academia de fazer a escolha baseada neste último fator. Engdahl nega, enfaticamente. No ano passado, ele declarou, à agência de notícias norte-americana Associated Press: “Não se lê literatura com a mesma parte do cérebro como se vota num partido político”. Será?! Deixa pra lá. Da minha parte, prefiro dar um crédito a Engdahl. Mas que algumas escolhas têm “cheiro” de influência política, ah, isso têm mesmo!
Quais são os favoritos de 2009? Creio que são os mesmos de sempre, que se esperava que ganhassem em 2005, 2006, 2007 e 2008. A escolha do ano passado recaiu sobre um escritor que era considerado “zebra” nas bolsas de apostas, o francês Jean-Marie Gustave Lê Clézio.
E agora? O vencedor será alguém bastante cotado nos meios literários ou, de novo, será algum escritor desconhecido, que emergirá, de forma fulminante, do anonimato para a glória? A esta altura, tenho certeza, reitero, que nem Engdahl e muito menos seus companheiros de júri ainda sabem em quem irão votar.
Da minha parte, se tivesse que apostar em alguém, apostaria em algum dos favoritos de 2008. Entre eles, há quem já esteja na fila há pelo menos dez anos. E, como se sabe, “até água mole, em pedra dura, tanto bate até que...”.
No ano passado, a imprensa internacional apostava todas suas fichas no ensaísta italiano Cláudio Magris. Errou! Ainda não foi desta vez que este intelectual lúcido, mas polêmico, foi agraciado com o Nobel. Outros que concorreram, bem de perto, foram o poeta sírio Adonis e o romancista israelense (muito bom, por sinal) Amos Oz.
Outros concorrentes fortes (isto, a julgar pelo que diz a crítica especializada) são, a exemplo de 2008: Cees Nooteboom (holandês), Margaret Atwood (canadense), Carlos Fuentes (mexicano), Haraki Murakawa (japonês) e Philip Roth (norte-americano). Se eu tivesse que apontar um nome e não me deixassem ficar em cima do muro, apontaria este último, que, entre outras coisas, já conquistou dois Prêmios Pulitzer de Literatura, o que, convenhamos, não é pouca coisa. Enfim...
Boa leitura.
O Editor.
A esta altura do ano, o secretário permanente da Academia Sueca, Horace Engdahl, e seus ilustres colegas de júri, que têm a responsabilidade de atribuir o Prêmio Nobel de Literatura a cada ano, estão na fase de “retiro”. Ou seja, estão em algum lugar mantido sob rigoroso sigilo (provavelmente até da família, quanto mais dos amigos e conhecidos) analisando os livros dos cinco principais candidatos à premiação.
Desde janeiro, mantiveram intensíssima atividade. “Peneiraram” cerca de 300 candidatos, inscritos por organizações culturais de várias partes do mundo. Primeiro, reduziram os possíveis favoritos a cem. Posteriormente, esse número foi reduzido ainda mais, após acaloradíssimos debates, sucessivamente, para 50, 20, 10 e, finalmente cinco. Um deles obterá, na segunda semana de outubro, a consagração. Qual deles? A esta altura, nem Engdahl e nem seus companheiros ainda sabem. E se soubessem... certamente não diriam a ninguém, provavelmente nem para suas mulheres.
Quais os critérios que os julgadores adotam? Qualidade literária? Experiência? Inovações? Ou prevalece o aspecto político? Muitos acusam a academia de fazer a escolha baseada neste último fator. Engdahl nega, enfaticamente. No ano passado, ele declarou, à agência de notícias norte-americana Associated Press: “Não se lê literatura com a mesma parte do cérebro como se vota num partido político”. Será?! Deixa pra lá. Da minha parte, prefiro dar um crédito a Engdahl. Mas que algumas escolhas têm “cheiro” de influência política, ah, isso têm mesmo!
Quais são os favoritos de 2009? Creio que são os mesmos de sempre, que se esperava que ganhassem em 2005, 2006, 2007 e 2008. A escolha do ano passado recaiu sobre um escritor que era considerado “zebra” nas bolsas de apostas, o francês Jean-Marie Gustave Lê Clézio.
E agora? O vencedor será alguém bastante cotado nos meios literários ou, de novo, será algum escritor desconhecido, que emergirá, de forma fulminante, do anonimato para a glória? A esta altura, tenho certeza, reitero, que nem Engdahl e muito menos seus companheiros de júri ainda sabem em quem irão votar.
Da minha parte, se tivesse que apostar em alguém, apostaria em algum dos favoritos de 2008. Entre eles, há quem já esteja na fila há pelo menos dez anos. E, como se sabe, “até água mole, em pedra dura, tanto bate até que...”.
No ano passado, a imprensa internacional apostava todas suas fichas no ensaísta italiano Cláudio Magris. Errou! Ainda não foi desta vez que este intelectual lúcido, mas polêmico, foi agraciado com o Nobel. Outros que concorreram, bem de perto, foram o poeta sírio Adonis e o romancista israelense (muito bom, por sinal) Amos Oz.
Outros concorrentes fortes (isto, a julgar pelo que diz a crítica especializada) são, a exemplo de 2008: Cees Nooteboom (holandês), Margaret Atwood (canadense), Carlos Fuentes (mexicano), Haraki Murakawa (japonês) e Philip Roth (norte-americano). Se eu tivesse que apontar um nome e não me deixassem ficar em cima do muro, apontaria este último, que, entre outras coisas, já conquistou dois Prêmios Pulitzer de Literatura, o que, convenhamos, não é pouca coisa. Enfim...
Boa leitura.
O Editor.
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