domingo, 30 de agosto de 2009


Peleja

* Por Cacá Pereira

Cidade grande
vidro e cimento
vida sem tempo
terra de ninguém

Gente correndo
com medo de gente
ganha o tenente
perde quem não tem

Ô, cilada
me armou o destino
um severino
um bocó como eu

sumir na curva do rio
e bater no vazio
num mundo tão frio
sem anjo e sem Deus

Ô, saudade,
pelejo e não venço
sofro se penso
esqueço quem sou eu

Ainda encontro o caminho
e escapo sozinho
viver de mansinho
num cantinho meu

* Poeta

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