segunda-feira, 11 de junho de 2018

Inocência - Núbia Araújo Nonato do Amaral


Inocência

* Por Núbia Araújo Nonato do Amaral

Para o poeta Clóvis Campêlo

Na minha inocência
ou pretensão,
poeta não partia,
não morria nem sofria
do coração.
Poeta não sentia medo,
nem raiva ou rancor.
Poeta era que nem anjo
pois assim queria
o Nosso Senhor.
Me resta poeta, abaixar
a cabeça e procurar
no chão talvez uma rima
ou um pedaço velho de papel.
Me resta espantar
uma água, que do nada
brotou nos meus olhos...
Adeus amigo

* Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário.

Um comentário:

  1. Os amigos andam com uma mania de morrer. A cada hora tomba um deles. Ou seria mais correto dizer tomba um de nós?

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