sábado, 21 de novembro de 2015

Nas voltas do carrossel, perder o medo do mundo


* Por Clóvis Campêlo


Entrar nesse desafio,
enfrentar cobra criada,
curtir da navalha o fio,
domar verso em disparada;

sentir frio na espinha,
adrenalina profunda,
e feito galo na rinha
sentir que o sangue inunda

o rosto frio do poeta.
Colocar ponto na rima,
numa abordagem completa;
nessa mudança de clima,

subir do inferno ao céu,
viver tudo num segundo,
nas voltas do carrossel
perder o medo do mundo.

Recife, 2008

* Poeta, jornalista e radialista, blogs:



Nenhum comentário:

Postar um comentário