segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Do nada


* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral


E assim do nada me deu
um puta nó na garganta.
Tenho flores que não plantei.
Árvores que teimosamente
passaram de mão em mão.
A velha tesoura de poda
sumiu de minha vista.
Respiro fundo tantas vezes
que a lágrima encruou.
Resgato um pouco da dignidade
que sobra celebrando às borboletas.

 * Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário


Um comentário:

  1. Celebrar o que conseguimos. Não plantou flores, mas as borboletas vieram. Salve, salve!

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