quarta-feira, 30 de novembro de 2011







Ocaso

* Por Marleuza Machado

Olhar vazio, amarga espera
Perda de tempo, tardia hora
Tua ausência a alegria devora
E o teu amor? Ah, quem me dera!

Correm minutos, solidão é fera
Nada mais há, senão demora
A esperança ficou no outrora
E o teu amor? Apenas quimera!

No relógio sem pressa
No arrastar do ponteiro
O pensamento proclama

O ato da meia-promessa
À um coração tão inteiro
Do meu amor, apaga a chama.

• Poetisa e jornalista

4 comentários:

  1. Ainda assim, prefiro amar
    a desistir.
    Quimeras às vezes se realizam...
    Beijos

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  2. Desistir, apenas em circunstâncias extremas. Um bolo congela, mas algumas vezes pede-se uma segunda chance. Depois, não mais. Fico triste com esse descaso. Enquanto ela se arrebenta na espera, ele está bem longe, em pensamento e lugar. Dá até raiva!

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  3. Ah, Mara Narciso! Visceral, seu comentário... Amo todos que faz! A impressão que tenho, é que você assimila o poema de tal forma, que acaba vivendo as sensações da autora... Pode crer, essa raiva ela já sentiu! Beijos.

    P.s. Você escreve poemas?

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  4. Então, Núbia... sou assim também. Só abro mão quando não há mais sentimento de minha parte... também, quando esqueço, ah, esqueço mesmo!
    Beijos e obrigada!

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