quarta-feira, 16 de novembro de 2011



Corte a mão da manipulação!

* Por Raul Fitipaldi.

A cada feriado nacional se reprisam as marchinhas contra a corrupção. Saudável inquietude no Brasil, não fosse porque em geral, os divulgadores, são recorrentes na desinformação, na mentira, na manipulação de massas, atenciosos com o lobby das transnacionais e outras coletividades marginais à seriedade pública, ao esmero pela gestão do Estado e ao sentimento de pátria independente e soberana. Veja e O Estadão, têm se perfilado como os promotores mais conseqüentes destas marchinhas. Justamente dois veículos de incomunicação que freqüentam a ação delituosa com bastante energia, mecanizando o hábito do deterioro de imagem sem justificativa, viciando o ambiente comunicacional de tendências forâneas (dos Estados Unidos e da União Européia) e vulgarizando todas aquelas ações sensíveis com preservar a nação, a independência, a igualdade social e a lisura política.
A mídia golpista encontra neles, na Folha e na Globo, os mais acirrados inimigos das mudanças sociais, parcas e capitalistas, que vem fazendo o governo nestes 9 anos. Jamais, estes arautos da demagogia, ferramentas da mais retrógrada oligarquia chamaram a uma marcha contra os corruptores, os fabricantes de corruptos que destroem não o Brasil, o Mundo. Jamais ameaçarão com uma frase sequer as empresas de sucata alimentar, as montadoras estrangeiras, as fábricas de exploração humana ou os negócios sujos dos laboratórios. Nunca. Esses lobbies de corruptores nadam de braçada no país com a cumplicidade destes veículos de mentiras, que sabem, mais do que ninguém, que não existe nada mais corrupto que o corruptor, ou seja, que aquele que lhes faz a pauta política em troca do anúncio publicitário.
A direita derrotada, escabrosa, sem quadros, sem idéias, substituída inclusive por alguns personagens canalhas de certa esquerda institucional que assolam também o mapa brasileiro, tenta proclamar uma espécie de “primavera paulista”, onde não há sequer o menor esboço de possibilidades para se reciclar, frente a um duvidoso progressismo petista que navega com folga desde a direita neoliberal até a esquerda radical. De maneira que as viúvas de FHC investem em cavalgar encima do momento histórico mundial onde os INDIGNADOS tomam conta do feudo dos seus amigos ianques e europeus. Até o mais lógico e ardente crítico de Zé Dirceu e Delúbio Soares sabe que estas marchinhas anti-corrupção não buscam outra coisa que criar um cenário anti-PT e não uma verdadeira investida popular e política que permita rasgar o sistema podre que a própria direita desenhou, construiu e alimentou durante décadas. Nem os críticos ao PT podemos comover-nos com as marchinhas patrocinadas pela Veja e O Estadão, nem com os gritinhos libertários da princesa da direita, Marina Silva, a Presidenta do Vice da Natura, Guilherme Leal. Os INDIGNADOS são outra coisa, a INDIGNAÇÃO é contra os corruptores de Wall Street e das bolsas européias, contra os governos amigos dos que organizam as marchinhas no Brasil.
Os office-boys do Imperialismo vão marchar de novo este 15 de novembro. É importante que o povo brasileiro se INDIGNE contra esta falsa moral de etiquetas fascistas, se libere dela e forme A MARCHA DE INDIGNADOS contra a injustiça social no Brasil, contra a falta de saúde, de segurança, de transporte público e de educação, e em particular, contra esse sistema democrático mesquinho, representativo, que nunca satisfez a necessidade dos majoritários, dos trabalhadores e dos excluídos. É para se indignar uma nova eleição sem progredir democraticamente. Contra a corrupção é bom se mobilizar todos os dias, em cada ação cidadã, sem a mão oculta do DEM, do PSDB e do PPS. Corte essa mão, não se torne cúmplice!

• Jornalista

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