A janela
* Por Suzana Vargas
Não consigo escrever
diante dos morros
Estão sempre à minha frente
quando corro
Não sei se o que me perturba
é o barraco ensolarado
Ou é a casa que habito
e seu ar acomodado
Nem de noite. Nem de dia
Na primeira são as luzes
Na manhã, desarmonias
entre a terra e o asfalto
Entre o chinelo de dedo
E o salto.
Do livro: Sem recreio, Achiamé, 1983, RJ
* Por Suzana Vargas
Não consigo escrever
diante dos morros
Estão sempre à minha frente
quando corro
Não sei se o que me perturba
é o barraco ensolarado
Ou é a casa que habito
e seu ar acomodado
Nem de noite. Nem de dia
Na primeira são as luzes
Na manhã, desarmonias
entre a terra e o asfalto
Entre o chinelo de dedo
E o salto.
Do livro: Sem recreio, Achiamé, 1983, RJ
* Poetisa gaúcha, radicada no Rio de Janeiro, autora de literatura infantil e ensaísta. Tem 16 livros publicados, entre os quais “Sombras chinesas” , “Caderno de Outono” (indicado ao Prêmio Jabuti) e “O amor é vermelho”.
Mesmo que as feche ou puxe as cortinas
ResponderExcluirseus olhos teimosamente se perderão no
infinito.
Abraços