

Crenças e Confúcio
*Por José Calvino de Andrade Lima
Nessas prévias carnavalescas, as ruas foram decoradas para o período de Momo (que já não é mais três dias). Numa roda de alguns religiosos estavam comentando sobre Jesus Cristo e todos foram unânimes em afirmar, exceto um teólogo que se encontrava presente, que Jesus Cristo seria a única salvação do mundo. Para admiração geral, o teólogo perguntou se já ouviram falar de Confúcio. Um deles respondeu que era o diabo, Satanás!
Ora, o nosso povo, a maioria, não tem o hábito de ler, e o teólogo explicou que antes de Cristo existia na China um filósofo Kung Futsé (Confúcio), que pregava a benevolência, o amor, a harmonia e a paz mundial. Era mais um sistema ético do que uma religião a favor dos fracos e oprimidos, fazendo com que o povo chinês denunciasse as injustiças sociais. O confucionismo influenciou profundamente a consciência e a educação dos chineses. Confúcio escreveu uma série de reformas responsabilizando mutuamente e moralmente a sinceridade dos governantes e governados... (Cristo nunca escreveu, nada, nada mesmo! Só fazia pregar! Segundo os pesquisadores o problema é que todos os evangelhos, canônicos ou não, foram escritos bem depois da morte de Jesus).
O confucionismo na década de 70, entretanto, foi combatido pelos líderes da Revolução Cultural, que achavam uma ideologia conservadora, contrária ao comunismo chinês. Todos ficaram atônitos com as palavras do teólogo e mais ainda quando de repente chega um grupo de evangélicos distribuindo panfletos impressos: “Vida Nova. Nosso Senhor Jesus Cristo o Salvador” , estampado o céu com uma nuvem branca. Não quero de maneira alguma insinuar aos nossos religiosos que o os ensinamentos de Confúcio são a nossa salvação. Apenas quero registrar nesta Coluna Literária que existiu antes de Cristo esse homem desconhecido para a maioria dos brasileiros, como também existiram depois de Cristo os reformadores Lutero e Calvino, que se separaram da Igreja Católica no século 16. E aqui relembro muito bem que na época de minha infância (anos 50) os católicos chamavam os protestantes de Nova Seita e crentes. Hoje são reconhecidos como evangélicos.
*Formado em comunicações internacionais, escritor, teatrólogo, poeta, compositor e rei do Maracatu Barco Virado. Como escritor e poeta, tem trabalhos publicados nos jornais: Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio, Folha de Pernambuco e em vários sites... Tem 11 títulos publicados, todas edições esgotadas.
*Por José Calvino de Andrade Lima
Nessas prévias carnavalescas, as ruas foram decoradas para o período de Momo (que já não é mais três dias). Numa roda de alguns religiosos estavam comentando sobre Jesus Cristo e todos foram unânimes em afirmar, exceto um teólogo que se encontrava presente, que Jesus Cristo seria a única salvação do mundo. Para admiração geral, o teólogo perguntou se já ouviram falar de Confúcio. Um deles respondeu que era o diabo, Satanás!
Ora, o nosso povo, a maioria, não tem o hábito de ler, e o teólogo explicou que antes de Cristo existia na China um filósofo Kung Futsé (Confúcio), que pregava a benevolência, o amor, a harmonia e a paz mundial. Era mais um sistema ético do que uma religião a favor dos fracos e oprimidos, fazendo com que o povo chinês denunciasse as injustiças sociais. O confucionismo influenciou profundamente a consciência e a educação dos chineses. Confúcio escreveu uma série de reformas responsabilizando mutuamente e moralmente a sinceridade dos governantes e governados... (Cristo nunca escreveu, nada, nada mesmo! Só fazia pregar! Segundo os pesquisadores o problema é que todos os evangelhos, canônicos ou não, foram escritos bem depois da morte de Jesus).
O confucionismo na década de 70, entretanto, foi combatido pelos líderes da Revolução Cultural, que achavam uma ideologia conservadora, contrária ao comunismo chinês. Todos ficaram atônitos com as palavras do teólogo e mais ainda quando de repente chega um grupo de evangélicos distribuindo panfletos impressos: “Vida Nova. Nosso Senhor Jesus Cristo o Salvador” , estampado o céu com uma nuvem branca. Não quero de maneira alguma insinuar aos nossos religiosos que o os ensinamentos de Confúcio são a nossa salvação. Apenas quero registrar nesta Coluna Literária que existiu antes de Cristo esse homem desconhecido para a maioria dos brasileiros, como também existiram depois de Cristo os reformadores Lutero e Calvino, que se separaram da Igreja Católica no século 16. E aqui relembro muito bem que na época de minha infância (anos 50) os católicos chamavam os protestantes de Nova Seita e crentes. Hoje são reconhecidos como evangélicos.
*Formado em comunicações internacionais, escritor, teatrólogo, poeta, compositor e rei do Maracatu Barco Virado. Como escritor e poeta, tem trabalhos publicados nos jornais: Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio, Folha de Pernambuco e em vários sites... Tem 11 títulos publicados, todas edições esgotadas.
Boas pinceladas Calvino. Gostei de ver suscitado o início de uma discussão. Espero que volte ao tema. É necessário, pois chegamos a um tempo em que o bem não é exatamente o bem, assim como o mal. Discussões éticas são bem-vindas.
ResponderExcluirObrigado, Mara!
ResponderExcluirFico muitíssimo contente com seus comentários...
Abração do,
José Calvino
RecifeOlinda