Ariano Suassuna
* Por José Calvino de Andrade Lima
Ultimamente, tenho lido alguns comentários sobre o dramaturgo Ariano Suassuna, ex-secretário de Cultura, neste segundo governo de Eduardo Campos à frente do Governo de Pernambuco, assumindo o cargo de secretário-chefe da Secretaria Especial de Assessoria do Governador. Mais uma secretaria que serve como cabide de emprego. Que Ariano Suassuna é uma personalidade importante no país no campo da literatura, isso não podemos negar, mas como se diz socialista, que sonha com o socialismo na América do Sul, já chegou a dizer que não aceitaria exercer cargo político porque estava precisando escrever um romance. Entretanto, aceitou esse cargo, onde não faz nada e que só lhe serve mesmo para satisfazer interesses políticos ou de amigos, dando emprego a seus apadrinhados, entrando assim no rol dos que não dispensam o dinheiro da viúva!
Todos nós sabemos que Ariano foi muito criticado por ter assumido uma secretaria no auge da ditadura militar. Em 1968, Caetano Veloso, espelhando-se no movimento que ocorria em Paris e nos slogans grafitados pelos muros que diziam : “É proibido proibir”. No mesmo ano, o então presidente militar Costa e Silva decretou o Ato Institucional número 5 (AI-5), que deu plenos poderes ao governo. Sinceramente, sempre achei válido, importante, o governo federal, através do Ministério da Educação (MEC) investir na autodisciplina a fim de possibilitar a educação da vontade, do desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do povo. Os educadores deveriam fazer com que os jovens estudantes soubessem o que é proibido e o permitido. O então professor Ariano Suassuna dizia: “Que havia uma condenação moral para determinados atos... Crime é crime. É proibido”. Porque então proibir, em vez de educar? Concordo plenamente com o “É proibido proibir”.
Ariano quando secretário de Cultura criticou também o autor da música Pra te conquistar. É de conhecimento público que Ariano não gosta de rock e de outras coisas. O saudoso Chico Ciência, por exemplo, como Ariano o tratava ironicamente, fora vítima do secretário de Cultura. Suassuna, nunca se manifestou em prol das realizações locais, baseadas nos livros dos autores nordestinos. Ele preocupa-se apenas com ações assistencialistas como fez, por exemplo, na Ilha de Deus (antigamente conhecida como Ilha sem Deus, no livro de minha autoria O grande comandante, é chamada Ilha dos pescadores de Deus), entregando R$ 10 a um ilhéu nas encenações de suas peças teatrais (Armorial/Aula-espetáculo). Já foi vaiado em 1998 em plena apresentação de sua peça A Pedra do Reino e fortemente criticado pelos especialistas locais e do Sul do País, durante abertura do 1º Festival Recife do Teatro Nacional. O senhor Ariano deveria respeitar os nossos artistas seja de onde for. Será que ele só respeita os artistas da TV Globo?
O Sport Club do Recife foi homenageado em 16/06/08, pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, no Salão Nobre do Palácio do Campo das Princesas.
Sob o título Parcialidade do secretário de Cultura (Publicado no Meu JC em, 17/06/2008), o então secretário de Cultura, Ariano Suassuna, torcedor símbolo do Sport, discursou arrancando aplausos, e depois todos presentes cantaram os parabéns, pois foi o dia do seu aniversário (81 anos).
O governador Eduardo Campos, que mesmo sendo alvirrubro (Náutico), se comportou apenas como chefe de Estado, ao conceder ao presidente do Sport a medalha da Ordem do Mérito dos Guararapes, a mais alta comenda do governo do Estado, falou: “O Sport deu uma demonstração do espírito guerreiro do pernambucano”. Ariano, emocionado e querendo ser engraçado perante o governador, mais uma vez pisa na bola ao dizer com gozação: “Se eu fosse juiz, todas as vezes que o Corinthians pegasse na bola eu apitava impedimento!”
Como secretário de Estado vem agindo muito mal. O senhor Ariano deveria respeitar os torcedores de outros clubes. Não sou torcedor do Corinthians, mas não admito desrespeito aos demais, principalmente vindo de um representante da nossa cultura.
* Escritor, poeta e teatrólogo pernambucano.
* Por José Calvino de Andrade Lima
Ultimamente, tenho lido alguns comentários sobre o dramaturgo Ariano Suassuna, ex-secretário de Cultura, neste segundo governo de Eduardo Campos à frente do Governo de Pernambuco, assumindo o cargo de secretário-chefe da Secretaria Especial de Assessoria do Governador. Mais uma secretaria que serve como cabide de emprego. Que Ariano Suassuna é uma personalidade importante no país no campo da literatura, isso não podemos negar, mas como se diz socialista, que sonha com o socialismo na América do Sul, já chegou a dizer que não aceitaria exercer cargo político porque estava precisando escrever um romance. Entretanto, aceitou esse cargo, onde não faz nada e que só lhe serve mesmo para satisfazer interesses políticos ou de amigos, dando emprego a seus apadrinhados, entrando assim no rol dos que não dispensam o dinheiro da viúva!
Todos nós sabemos que Ariano foi muito criticado por ter assumido uma secretaria no auge da ditadura militar. Em 1968, Caetano Veloso, espelhando-se no movimento que ocorria em Paris e nos slogans grafitados pelos muros que diziam : “É proibido proibir”. No mesmo ano, o então presidente militar Costa e Silva decretou o Ato Institucional número 5 (AI-5), que deu plenos poderes ao governo. Sinceramente, sempre achei válido, importante, o governo federal, através do Ministério da Educação (MEC) investir na autodisciplina a fim de possibilitar a educação da vontade, do desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do povo. Os educadores deveriam fazer com que os jovens estudantes soubessem o que é proibido e o permitido. O então professor Ariano Suassuna dizia: “Que havia uma condenação moral para determinados atos... Crime é crime. É proibido”. Porque então proibir, em vez de educar? Concordo plenamente com o “É proibido proibir”.
Ariano quando secretário de Cultura criticou também o autor da música Pra te conquistar. É de conhecimento público que Ariano não gosta de rock e de outras coisas. O saudoso Chico Ciência, por exemplo, como Ariano o tratava ironicamente, fora vítima do secretário de Cultura. Suassuna, nunca se manifestou em prol das realizações locais, baseadas nos livros dos autores nordestinos. Ele preocupa-se apenas com ações assistencialistas como fez, por exemplo, na Ilha de Deus (antigamente conhecida como Ilha sem Deus, no livro de minha autoria O grande comandante, é chamada Ilha dos pescadores de Deus), entregando R$ 10 a um ilhéu nas encenações de suas peças teatrais (Armorial/Aula-espetáculo). Já foi vaiado em 1998 em plena apresentação de sua peça A Pedra do Reino e fortemente criticado pelos especialistas locais e do Sul do País, durante abertura do 1º Festival Recife do Teatro Nacional. O senhor Ariano deveria respeitar os nossos artistas seja de onde for. Será que ele só respeita os artistas da TV Globo?
O Sport Club do Recife foi homenageado em 16/06/08, pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, no Salão Nobre do Palácio do Campo das Princesas.
Sob o título Parcialidade do secretário de Cultura (Publicado no Meu JC em, 17/06/2008), o então secretário de Cultura, Ariano Suassuna, torcedor símbolo do Sport, discursou arrancando aplausos, e depois todos presentes cantaram os parabéns, pois foi o dia do seu aniversário (81 anos).
O governador Eduardo Campos, que mesmo sendo alvirrubro (Náutico), se comportou apenas como chefe de Estado, ao conceder ao presidente do Sport a medalha da Ordem do Mérito dos Guararapes, a mais alta comenda do governo do Estado, falou: “O Sport deu uma demonstração do espírito guerreiro do pernambucano”. Ariano, emocionado e querendo ser engraçado perante o governador, mais uma vez pisa na bola ao dizer com gozação: “Se eu fosse juiz, todas as vezes que o Corinthians pegasse na bola eu apitava impedimento!”
Como secretário de Estado vem agindo muito mal. O senhor Ariano deveria respeitar os torcedores de outros clubes. Não sou torcedor do Corinthians, mas não admito desrespeito aos demais, principalmente vindo de um representante da nossa cultura.
* Escritor, poeta e teatrólogo pernambucano.
Embora admiradora do dramaturgo Ariano Suassuna, não posso de maneira alguma deixar de dar razão ao escritor José Calvino. Ariano deveria acabar com esse coronelismo cultural. Está cada vez mais com atitudes grosseiras e arrogante!!!
ResponderExcluirParabéns, José Calvino.
Eu adorava o Chico Science e a Nação Zumbi.
ResponderExcluirO movimento Manguebeat que obrigava a sociedade a enxergar
pessoas além da lama dos manguezais.
Ótimo texto Zé.
Beijão
É mais fácil encontrar pelo em ovo do que coerência em boa parte dos nossos políticos, ainda mais se antes dessa ocupação esses mesmos brasileiros tornaram-se intelectuais. Melhor separar a vida deles em capítulos independentes. Assim, se corre menor risco de trombar com ambiguidades.
ResponderExcluirObrigado, queridas!
ResponderExcluirFico muitíssimo contente com seus comentários...
Abração do,
José Calvino
RecifeOlinda