Sanderson Negreiros
* Por Talis Andrade
Na busca do ritmo
Sanderson pressentiu
a presença do poeta
que lhe acompanha
no poder de criar
e conversar com os espíritos
A presença atribulante
de José Balsano
os versos psicografados
por Fernando Pessoa
inspirado consciente
aos poucos dominando
a escrita automática
a escrita revelada
pelos heterônimos
Alberto Caeiro
Ricardo Reis
Antonio Mora
Coelho Pacheco
Álvaro Campos
e o fraterno irmão
Frater RC
Além de Fernando Pessoa
William Yeats
Thomas Eliot
Ezra Pound
os herdeiros dos templários
Sanderson continuou
no ritmo da busca
do aléncismo ser
o poeta o pedreiro
construtor de catedrais
recriador da fábula
da poesia profética
da estética apreendida
como figuração divina
no livro oculto
no túmulo aberto
Além da sombra
e da passagem do corpo
além do tempo e do espaço
o coroamento
de Sanderson Negreiros
em torno da testa
a fita branca
branca como um lírio
concedida aos poetas
* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).
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