Pecado
*
Por Arita Damasceno Pettená
Pecado?
Sonhar coisas impossíveis,
concretizar, em sonhos, abstrações da vida,
beijar, na sombra do indizível,
um rosto que já nao existe?
Sonhar coisas impossíveis,
concretizar, em sonhos, abstrações da vida,
beijar, na sombra do indizível,
um rosto que já nao existe?
Pecado?
Ter lacerado o corpo de desejos,
a boca faminta de mil beijos,
sonhar amores inocentes
a encher uma vida de vazios?
Ter lacerado o corpo de desejos,
a boca faminta de mil beijos,
sonhar amores inocentes
a encher uma vida de vazios?
Não,
Senhores! Pecado
é matar no peito as ilusões mais puras,
é viver sorrindo, acalentando prantos,
é suspirar baixinho, silenciando cantos,
é mostrar ao mundo o que não é.
é matar no peito as ilusões mais puras,
é viver sorrindo, acalentando prantos,
é suspirar baixinho, silenciando cantos,
é mostrar ao mundo o que não é.
Pecado,
Senhores,
é escravizar o coração às leis e tradições do mundo,
é algemar um amor de sentimentos puros,
a preconceitos e razões sem fundo,
quando o amor é livre e cheio de ternura!
é escravizar o coração às leis e tradições do mundo,
é algemar um amor de sentimentos puros,
a preconceitos e razões sem fundo,
quando o amor é livre e cheio de ternura!
NOTA:
Poema premiado na Itália e em Portugal.
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Arita Damasceno Pettená é professora, escritora e membro da
Academia Campinense de Letras
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