Método de trabalho
Toda atividade a que nos propusermos a
exercer, não importa sua complexidade ou importância, requer uma série de
fatores para ser bem-sucedida. São necessários, por exemplo, pleno conhecimento
do que você se propõe a fazer, organização, aplicação e, sobretudo, método. Ao
executar qualquer trabalho, você não irá começá-lo do meio para o final para
depois retroceder ao início. Se fizer isso...
Em Literatura, não é diferente. Esqueça
essa bobagem de “inspiração”, coisa que só quem não é do ramo acredita. Nenhum
texto desce do céu prontinho sobre sua cabeça, restando-lhe, somente,
transcrevê-lo no papel ou na telinha do computador. Se fosse assim, teríamos
bilhões de escritores, não é verdade?
Para você produzir uma obra
consistente, com forma adequada e conteúdo que valha a pena, requer-se suor,
muito suor. Há, até, uma expressão muito usada em nosso meio – tanto que já virou clichê (mas que não deixa
de ser verdadeira) – que diz que para produzir um bom texto você precisará de
“1% de inspiração e 99% de transpiração”.
Dos fatores citados (conhecimento,
organização, aplicação e método), o segundo é importantíssimo. Organize sua
mesa de trabalho. Mantenha ao alcance da mão os livros que você eventualmente
terá que consultar, as anotações feitas previamente que vai utilizar, o
material que você usa (lápis, caneta, marcadores etc.), de sorte a não ter que
perder tempo procurando o que quer que seja. Isso evita que você perca a
concentração e o fio da meada do que estava escrevendo.
Crie seu próprio método de trabalho, ou
seja, o que melhor se adeque à sua personalidade. Adquira o saudável (e
indispensável) hábito de revisar, cinco, dez, mil vezes se necessário, tudo o
que escrever. Se puder, peça a alguém que leia o que escreveu, antes de dar o
texto por concluído.
Corte o supérfluo, sem dó e nem
piedade, mesmo que a palavra, ou oração, ou período, ou parágrafo ou mesmo o
capítulo inteiro lhe parecerem “bonitinhos” e originais. Se não forem
essenciais ao entendimento do texto, livre-se deles. Revisar é a “arte de
cortar” gorduras do que se escreveu.
Não acredite muito naquela história de
que “você escreve bem”, só porque, nos tempos de escola, foi elogiado pela
professora por haver produzido uma redação que no entender dela foi melhor do
que a dos colegas. Adote padrões profissionais de aferição de qualidade.
Afinal, seu texto tanto pode consagrá-lo e garantir-lhe um lugar cativo nos
corações e mentes das futuras gerações, quanto levá-lo ao escárnio, à má
reputação e ao ridículo. Pense nisso.
Boa leitura.
O Editor.
Acompanhe o Editor pelo twitter: @bondaczuk
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