quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011




No dia em que eu vim ao mundo

* Por Clóvis Campêlo

No dia em que eu vim ao mundo,
não houve nada de novo.
Fez-se a luz em um segundo
e logo juntei-me ao povo

que por aqui habitava.
Livre do colo materno,
nem mesmo eu mais lembrava
que tudo ali era eterno.

Talvez tenha visto o brilho
de uma estrela distante,
mas eu queria era o trilho
do meu caminhar errante.

Um estribilho inventei,
que a vida é sopro e leveza,
e repetir-se é a lei
que comanda a Natureza.

No dia em que eu vim a Terra,
não teve nada de mais;
nem se acabaram as guerras,
nem inventaram a paz.

• Poeta, jornalista e radialista de Olinda/PE

Um comentário:

  1. "No dia em que eu vim a Terra,
    não teve nada de mais;
    nem se acabaram as guerras,
    nem inventaram a paz."

    Mas tenho certeza de quando
    viestes, trouxestes alegrias a muita gente.
    No final acho que é isso que importa.
    Abraços

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