domingo, 23 de janeiro de 2011


Planos, por enquanto só planos

O leitor Tarcísio Cruz questiona-me, por e-mail, a propósito dos meus planos literários, sobretudo os de curto prazo. Pergunta-me se tenho algum novo livro engatilhado para ser lançado e qual a previsão desse lançamento. O mais correto da minha parte seria responder-lhe da mesma forma como ele me consulta, ou seja, de forma particular e não pública. Deveria enviar-lhe um e-mail com as respostas solicitadas e ficaria tudo resolvido. Mas não farei isso. Até porque, muitos outros leitores me fizeram a mesma pergunta.
Tarcísio elogia muito o meu texto por sua informalidade. Gosta dessa espécie de bate-papo que promovo neste espaço e também em meus livros. Diz que discorda de muita coisa que escrevo, mas que admira meu estilo, ou seja, minha maneira despojada de escrever. Garante que me acompanha assiduamente nos diversos espaços da internet em que tenho o privilégio de colaborar. Só que, conforme observo, ele sequer é seguidor deste espaço. A menos que o seja não utilizando seu nome de batismo, mas algum pseudônimo, como muitos fazem por aqui.
Embora nossa revista eletrônica diária esteja revestida de uma certa formalidade, procuro, sempre que posso e que julgo oportuno, ser informal. Gosto de quebrar normas, porquanto acredito que não se deva, nunca, engessar a criatividade. Bem, mas chega de lero-lero, de explicações e de divagações, que não passam de enrolação. Vamos ao que interessa.
Tenho quatro livros publicados, embora conte já com 18 escritos, muitos dos quais, inclusive, revisados e prontos para serem “negociados” com editoras. Dos que já saíram do prelo, “Quadros de Natal” está rigorosamente esgotado. Como foi um livro bancado do próprio bolso, pretendo republicá-lo, com alguns cortes e acréscimos, por alguma editora que eventualmente venha a se interessar por ele. Potencial de venda ele já demonstrou que tem. Recuperei o investimento feito nele e, de quebra, apurei certo lucro, nada desprezível.
Do “Por uma nova utopia” não posso dizer coisa alguma. Doei, em cartório, todos os direitos comerciais dessa obra para o Centro de Defesa da Vida, entidade voltada à prevenção de suicídios. Compete-lhe, pois, decidir se lança ou não nova edição. E se lançar, a totalidade do que for arrecadado será dessa organização.
Sobre “Cronos e Narciso” e “Lance fatal”, lançados, simultaneamente, em setembro de 2010 pela Editora Barauna, pouco ou nada posso dizer. Ainda é muito cedo para qualificá-los de sucesso ou de fracasso editorial. Continuo trabalhando a todo o vapor na sua divulgação e confio na ação de leitores, como o Tarcísio Cruz, para que as vendas decolem.
Se vierem a decolar, quero lançar, ainda em 2011, uma nova dupla de livros, e outra vez um de contos e outro de crônicas, intitulados, respectivamente: “Passarela de sonhos” (com histórias que têm como pano de fundo o carnaval) e “País da luz”. A tendência (dependendo, claro, da performance de “Lance fatal” e “Cronos e Narciso”) é a de negociá-los, de novo, com a Barauna. Com a ajuda de vocês, tudo vai dar certo.
Mas não pretendo parar por aí. Planejo lançar, em 2013, um livro que nasceu aqui, neste espaço, no qual abordo todas as copas do mundo de futebol que tive o privilégio de acompanhar nestas minhas quase sete décadas de vida. O motivo de programar esse lançamento para tal ocasião é óbvio. É a realização da segunda copa do mundo da história aqui no Brasil.
Talvez não seja boa estratégia, mas pretendo continuar lançando meus livros futuros sempre em duplas. Ora um de contos e outro de crônicas, ora um romance e um de poesia e assim por diante. Tenho esperanças de poder colocar no mercado, em prazo não muito longo, todos os 18 livros que já escrevi. Mas dependo, insisto e reitero, de boas vendas de “Cronos e Narciso” e “Lance fatal”. Daí minha insistência nessas duas obras que, até admito, não são as melhores que já produzi.
Bem, creio que respondi ao leitor Tarcísio Cruz quais são meus planos, pelo menos em relação ao mercado editorial. Minhas atividades literárias, todavia, não se restringem à redação e publicação de livros. Pretendo continuar produzindo e publicando, diariamente, crônicas e mais crônicas nos vários sites com os quais colaboro (que, se não me falha a memória, já são dez).
Esse tipo de compromisso, embora não me renda dividendos financeiros (na verdade, nesse aspecto, até me dá prejuízo), tem o condão de impedir que eu venha a me acomodar. Força-me a produzir, produzir e produzir, cada vez mais. E, da quantidade, sempre darei um jeito de extrair a desejável e bem-vinda qualidade.
Meu blog, “O Escrevinhador”, já entrou no sexto ano, sem que eu deixasse de postar textos inéditos um único dia nele. E nele, só publico o que escrevo. É onde faço minhas experiências e testo o gosto e as preferências do meu público. E o “Literário” está muito próximo de completar o quinto ano (o que irá ocorrer em 27 de março), o que é uma façanha, convenhamos, para espaços voltados para a literatura. Está aí, portanto, a resposta que me foi solicitada, sem tergiversação e sem ficar em cima do muro.

Boa leitura.

O Editor.

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Um comentário:

  1. Nunca ouvi o tom da sua voz Pedro, mas pareço ouvi-lo, de tão informais que são os editoriais.

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